O pobre e o moinho, andando, ganham

O pobre e o moinho, andando, ganham.
 ... O pobre e o moinho, andando, ganham.

A atividade — seja trabalho humano ou operação de uma máquina — é necessária para gerar rendimento; sem movimento não há ganho.

Versão neutra

Quem trabalha ou põe as máquinas a funcionar obtém rendimento; sem actividade não há produção nem ganho.

Faqs

  • O que quer dizer este provérbio de forma simples?
    Significa que é preciso actividade — trabalho ou funcionamento — para obter rendimento; parado não se ganha nada.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Ao incentivar iniciativa, trabalho ou manutenção de uma actividade; também em metáforas sobre negócios e projectos. Evite usá‑lo para culpar pessoas em situações de exclusão estrutural.
  • Tem origem histórica ligada a moinhos?
    Sim: deriva da realidade rural em que moinhos eram essenciais para produzir farinha e sustento; a origem exacta é incerta, mas reflecte práticas tradicionais.

Notas de uso

  • Usa-se para incentivar trabalho, iniciativa ou para lembrar que a produção exige atividade.
  • Registo: popular e informal; frequente em contextos rurais e em linguagem proverbial.
  • Emprega-se também de forma metafórica para negócios, projectos ou qualquer situação em que a inércia impede resultados.
  • Não implica que qualquer esforço garanta sucesso — ignora factores estruturais como desigualdade, exploração ou falta de oportunidades.

Exemplos

  • Quando a estação começou, o moinho voltou a trabalhar e a aldeia reanimou-se: como se diz, o pobre e o moinho, andando, ganham.
  • O João aceitou um turno extra na oficina; a vizinha comentou: 'vê lá — o pobre e o moinho, andando, ganham', para sublinhar que o esforço trouxe rendimento.
  • Aplicado à empresa, o provérbio lembra que investir em operação e manutenção é necessário: sem funcionamento não há lucros.

Variações Sinónimos

  • Moinho parado não mói.
  • Quem trabalha não passa fome.
  • Não há pão sem trabalho.

Relacionados

  • Quem não trabalha não come
  • Deus ajuda quem cedo madruga
  • Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar

Contrapontos

  • Movimento por si só não assegura justiça social nem condições de vida dignas; trabalho mal remunerado ou exploração não tornam a situação justa.
  • O provérbio simplifica a realidade: factores estruturais (acesso, capital, políticas) também determinam quem ganha.
  • Pode ser usado para pressionar pessoas já sobrecarregadas a trabalhar mais, sem considerar limites humanos e direitos laborais.

Equivalentes

  • inglês
    An idle mill grinds no corn.
  • espanhol
    El molino que no muele, no come.
  • francês
    Le moulin qui ne tourne pas ne moud rien.
  • alemão
    Eine ruhende Mühle mahlt kein Korn.