O povo aumenta, mas não inventa.

O povo aumenta, mas não inventa.
 ... O povo aumenta, mas não inventa.

Aumentar o número de pessoas ou de elementos não garante novas ideias, qualidade ou inovação.

Versão neutra

A população (ou o número de pessoas) aumenta, mas não surgem inovações nem se melhora a qualidade.

Faqs

  • Quando posso usar este provérbio?
    Use-o para comentar situações em que há crescimento numérico sem acréscimo de qualidade, criatividade ou eficiência — por exemplo, mais pessoas numa equipa sem melhores resultados.
  • É ofensivo dizer isto sobre um grupo?
    Pode ser interpretado como desvalorizador ou generalizador; convém contextualizar e evitar aplicá-lo de forma a estigmatizar grupos sociais, étnicos ou profissionais.
  • Tem origem histórica conhecida?
    Não há registo de autor ou data precisos; é um provérbio de tradição oral na língua portuguesa, transmitido em contextos populares.

Notas de uso

  • Usa-se para criticar situações em que há crescimento quantitativo sem melhoria qualitativa (por exemplo, mais trabalhadores sem maior eficiência).
  • Tom frequentemente irónico ou desaprovador; pode ser aplicado a comunidades, instituições, empresas ou eventos.
  • Registo coloquial; adequado em conversa informal ou em comentário crítico, menos em textos formais sem contextualização.
  • Cuidado: a frase generaliza e pode parecer pejorativa ou desvalorizadora em relação a grupos de pessoas.

Exemplos

  • A cidade tem muitos novos residentes, mas continua com os mesmos problemas: o povo aumenta, mas não inventa — faltam serviços e ideias para os gerir.
  • Contrataram mais pessoas para a equipa, mas sem formação nem liderança eficaz; o resultado confirma o ditado: o povo aumenta, mas não inventa.
  • Os festivais multiplicam-se, mas repetem sempre os mesmos programas; o povo aumenta, mas não inventa — precisamos de propostas frescas.

Variações Sinónimos

  • O povo cresce, mas não inventa.
  • Mais gente, as mesmas ideias.
  • Multiplica-se a gente, não a inventiva.

Relacionados

  • Mais vale a qualidade que a quantidade (ideia semelhante: preferir qualidade à mera multiplicação).
  • Não há nada de novo debaixo do sol (outra expressão que aponta à falta de novidade).
  • Quantidade não é sinónimo de qualidade (afirmativa moderna equivalente).

Contrapontos

  • Aumento do número de pessoas pode favorecer inovação: maior diversidade e competição podem gerar novas ideias.
  • Generalizar que 'não inventa' pode ignorar contributos de minorias criativas e iniciativas locais.
  • Em contextos económicos, mais gente pode significar mais mercado e, portanto, estímulo à criatividade e desenvolvimento.

Equivalentes

  • Inglês
    The population increases, but inventiveness does not. (tradução literal; não existe um provérbio idêntico muito difundido em inglês)
  • Espanhol
    El pueblo aumenta, pero no inventa. (tradução literal; usada de forma parecida em castelhano popular)
  • Francês
    Le peuple augmente, mais n'invente pas. (tradução literal; aproximação do sentido)
  • Inglês (equivalente de ideia)
    Quantity over quality. (expressão usada para opor número à qualidade; não é provérbio exacto mas transmite ideia semelhante)