O que a água dá, a água levará.

O que a água dá, a água levará.
 ... O que a água dá, a água levará.

Expressa a impermanência: aquilo que se recebe facilmente ou que a natureza fornece pode também desaparecer ou ser retirado.

Versão neutra

O que a natureza/uma fonte dá, pode ser-lhe também retirado; ganhos temporários podem não durar.

Faqs

  • Quando devo usar este provérbio?
    Use-o para alertar sobre a fragilidade de ganhos temporários, para comentar fenómenos naturais que trazem e retiram benefícios, ou para aconselhar prudência financeira e ambiental.
  • É um provérbio pessimista?
    Não necessariamente; é sobretudo cauteloso. Sublinha a impermanência e incentiva a gestão prudente, não impede acções positivas para conservar recursos.
  • Qual é a origem deste provérbio?
    A origem exacta é desconhecida. Provém da sabedoria popular, provavelmente de regiões costeiras ou ribeirinhas que viviam da pesca e experienciavam marés e cheias.
  • Tem aplicações práticas além do sentido literal?
    Sim. Aplica-se à economia (receitas imprevisíveis), gestão de recursos, questões climáticas e relações pessoais, sempre com a ideia de que o que é temporário pode desaparecer.

Notas de uso

  • Tom geralmente advertivo ou contemplativo; usada para lembrar que ganhos temporários não são garantidos.
  • Útil em contextos económicos, ambientais e pessoais para sublinhar a volatilidade ou a fragilidade de recursos e bens.
  • Registo informal a neutro; pode aparecer em conversa quotidiana, textos jornalísticos ou reflexões culturais.

Exemplos

  • Depois da enchente, as redes estavam cheias, mas o pescador recordou: "o que a água dá, a água levará" — não vale confiar só na sorte.
  • Recebeu uma herança inesperada e foi avisado pelos amigos: "o que a água dá, a água levará" — por isso deveria poupar e não gastar tudo.
  • Num debate sobre exploração de recursos, alguém comentou que exploração sem sustentabilidade é perigosa: "o que a água dá, a água levará".

Variações Sinónimos

  • O que a maré dá, a maré leva.
  • Não há bem que sempre dure.
  • O que o vento traz, o vento leva.

Relacionados

  • Não há bem que sempre dure
  • Quem semeia ventos colhe tempestades
  • Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura (contraponto sobre persistência)

Contrapontos

  • Com planeamento e poupança é possível conservar ganhos efémeros.
  • Algumas conquistas duram; o provérbio não se aplica a resultados fruto de trabalho consistente e gestão prudente.
  • A perceção de perda pode depender de escolha e comportamento humano, não apenas das forças naturais.

Equivalentes

  • Inglês
    What the water gives, the water takes away. / Easy come, easy go.
  • Espanhol
    Lo que el agua da, el agua quita.
  • Francês
    Ce que l'eau donne, l'eau emporte.

Provérbios