O que a força não pode, o engenho o vence.

Quando a força física ou direta não resolve um problema, a inteligência, a criatividade ou a astúcia conseguem ultrapassá‑lo.

Versão neutra

Quando a força falha, a inteligência consegue resolver.

Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado quando se quer salientar que uma solução inteligente, criativa ou estratégica resolveu um problema que a força bruta ou métodos directos não conseguiram ultrapassar.
O provérbio recomenda sempre evitar a força?
Não necessariamente. Sublinha a utilidade do engenho, mas não exclui que em algumas situações a força, recursos ou cooperação sejam necessários em conjunto com a inteligência.
Tem conotação ética ou cultural a ter em conta?
Geralmente é neutro e elogioso da criatividade. Deve‑se ter cuidado se o 'engenho' implicar métodos desonestos; nesse caso, o contexto ético altera a avaliação.

Usa‑se para valorizar soluções inteligentes em vez de respostas puramente violentas ou contundentes.
Emprega‑se frequentemente em contextos profissionais, académicos ou quotidianos para elogiar criatividade e estratégia.
Tomar o provérbio de forma literal pode ser enganador: em certas situações, recursos e apoio também são necessários para que o engenho surta efeito.
Registo: coloquial/epigráfico; adequado em conversas, textos reflexivos e sinais de motivação.

O canteiro de obras não conseguia mover aquela viga com máquinas; o engenheiro concebeu um sistema de alavancas e conseguiu tirar a viga do lugar — o que a força não pode, o engenho o vence.
Numa negociação, o sindicato percebeu que a confrontação directa só agravava a situação; optaram por uma proposta criativa que agradou ambas as partes — mais uma vez, o engenho venceu onde a força falhava.
No desenvolvimento de software, em vez de aumentar recursos de hardware para resolver a lentidão, a equipa optimizou o algoritmo — provando que o engenho supera a força bruta.

A caneta é mais poderosa do que a espada (a ideia de que ideias e comunicação têm mais impacto do que a violência).
A inteligência é melhor que a força (variante de sentido semelhante).
Não há força que resista a uma boa cabeça (afirmação popular com sentido próximo).

A união faz a força — destaca que, em conjunto, a força pode ser decisiva.
Por vezes é preciso meios e poder (aviso prático: engenho sem recursos pode não bastar).
Nem sempre a astúcia é ética — engenhosidade pode ser usada para fins prejudiciais.