Quem não se vence da sua razão, não pode julgar a alheia.
Quem não se vence da sua razão, não pode julgar a alheia.
A pessoa que não controla os seus próprios preconceitos, paixões ou ideias não está em condições de avaliar ou condenar os outros de forma justa.
Versão neutra
Quem não vence os próprios preconceitos não está em condições de julgar os outros.
Faqs
O que significa este provérbio em poucas palavras? Significa que, sem autoconhecimento e controlo dos próprios preconceitos e emoções, alguém não está em condições de avaliar ou condenar outra pessoa com justiça.
Quando é apropriado usar este provérbio? É apropriado quando se quer lembrar alguém da importância da autocrítica antes de fazer julgamentos — por exemplo em discussões pessoais, avaliações profissionais ou debates morais.
Como aplicar a ideia na prática? Praticar reflexão sobre motivações pessoais, procurar opiniões externas, usar procedimentos que reduzam o viés (como revisões por pares) e reconhecer erros anteriores antes de criticar os outros.
Notas de uso
Usa-se para lembrar a necessidade de autocrítica antes de emitir juízos sobre terceiros.
Aplicável em contextos pessoais, profissionais e jurídicos onde a imparcialidade é relevante.
Não deve ser usado como desculpa para evitar responsabilidade: reconhecer o próprio viés é o primeiro passo para corrigir decisões.
Serve também como advertência contra hipocrisia — criticar os outros por falhas que se têm a si próprio.
Exemplos
Antes de criticar o colega pela sua forma de trabalhar, lembrou-lhe o provérbio: quem não se vence da sua razão, não pode julgar a alheia, e decidiu rever os seus próprios métodos.
Num debate familiar sobre educação, a tia foi lembrada de que, se não controla os seus ressentimentos, não pode avaliar com justiça as escolhas dos pais.
Num processo de avaliação, a comissão introduziu regras para reduzir vieses, partindo da ideia de que quem não se vence da sua razão não pode julgar a alheia.
Variações Sinónimos
Não podes julgar o outro sem te julgares a ti mesmo.
Quem não domina as suas paixões não pode julgar alheias.
Aquele que é escravo do seu juízo não tem autoridade para julgar.
Antes de apontares o dedo, limpa a tua própria mão.
Relacionados
Antes de apontar o dedo, vê se a tua mão está limpa.
Não julgarás (sentido de evitar juízos precipitados).
Autocrítica e responsabilidade pessoal
Viés cognitivo e imparcialidade
Contrapontos
Em algumas situações claras de injustiça, a ação corretiva pode ser necessária mesmo quando todos têm algum viés pessoal.
Existem procedimentos profissionais (comissões, juízes, revisões por pares) destinados a mitigar vieses e permitir julgamentos mais objetivos, mesmo por pessoas com opiniões fortes.
Excesso de autocrítica pode conduzir à inação; é preciso equilibrar reflexão e responsabilidade.
Equivalentes
Inglês He who cannot overcome his own biases cannot fairly judge others.
Espanhol Quien no vence su propia razón no puede juzgar la ajena.
Francês Qui ne maîtrise pas ses propres préjugés ne peut pas juger autrui.
Alemão Wer seine eigenen Vorurteile nicht überwindet, kann andere nicht gerecht beurteilen.