O que é a mais, abunda.

Quando algo existe em excesso, torna-se abundante e frequentemente supérfluo ou desperdiçado.

Versão neutra

O que está a mais, sobra/abunda.

Quando é apropriado usar este provérbio?
Usa-se para comentar situações em que há excesso ou desperdício — por exemplo, quando há comida a estragar-se, regras desnecessárias ou informação redundante.
O provérbio tem sempre conotação negativa?
Não necessariamente; muitas vezes é crítico, mas também pode ser meramente observacional. Em certos contextos a abundância é desejável (reservas, segurança).
É equivalente a 'Too much of a good thing' em inglês?
Em parte. Ambos referem-se ao excesso, mas 'Too much of a good thing' realça que até algo bom pode tornar-se prejudicial, enquanto o provérbio em português foca na ideia de abundância/resultante do excesso.

Usa-se para apontar que o excesso leva à abundância — por vezes sem benefício.
Aplica-se quer a bens materiais (comida, objectos) quer a situações abstractas (informação, regras).
Pode ter tom crítico (denunciar desperdício) ou observacional (constatar excesso).
Nem sempre é negativo: em alguns contextos, abundância pode ser vantajosa.

Na recepção trouxeram comida demais; o que é a mais, abunda, e muitas coisas acabaram por estragar-se.
Num relatório com demasiada informação irrelevante, o que é a mais, abunda — perde-se o foco no essencial.
Quando enchesmos a despensa sem planeamento, o que é a mais, abunda e aumentam-se as perdas.

Quem tudo quer, tudo perde. (sobre excessos)
Mais vale pouco e certo do que muito incerto. (valorização do necessário sobre o excesso)

Nem todo excesso é negativo: reservas (estoques, poupanças) podem exigir abundância.
Em alguns contextos, abundância garante segurança (ex.: medicamentos, alimentos em crise).
O provérbio simplifica a realidade económica e social; excesso em alguns níveis pode ser necessário.