O que é demais, mal não faz.

O que é demais, mal não faz.
 ... O que é demais, mal não faz.

Expressão que minimiza um excesso, justificando uma indulgência como inofensiva; frequentemente usada de modo jocoso ou para racionalizar um pequeno exagero.

Versão neutra

Um excesso ocasional não costuma causar danos.

Faqs

  • O que significa exactamente este provérbio?
    Significa que um excesso ocasional ou um pequeno exagero é visto como inofensivo; frequentemente usado para justificar indulgências pontuais.
  • É um bom conselho seguir à letra?
    Não necessariamente. Em muitas situações (saúde, finanças, segurança) o excesso tem consequências negativas; o provérbio é sobretudo justificativo social ou um alívio momentâneo.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Em contextos informais para justificar um pequeno prazer ou exagero, ou de forma irónica. Deve evitar‑se em situações sérias ou profissionais onde o excesso seja realmente prejudicial.
  • Qual é a origem do provérbio?
    Trata‑se de um ditado popular transmitido oralmente na língua portuguesa; não há registo claro de um autor ou de uma primeira aparição literária conhecida.

Notas de uso

  • Usa‑se para justificar comer, beber ou gastar um pouco além do habitual; muitas vezes tem tom irónico.
  • Não é conselho médico ou financeiro; trata-se de justificação social ou pessoal para um desvio pontual da moderação.
  • Pode ser contraditado em contextos em que o excesso tem consequências claras (saúde, segurança, finanças).
  • O mesmo enunciado pode ser usado de brincadeira entre amigos ou para aliviar uma sensação de culpa momentânea.

Exemplos

  • Havia tanta doçura à mesa que Ana pegou outra fatia de bolo e disse: ‘O que é demais, mal não faz’.
  • Quando o grupo falou em repetir as sobremesas, o anfitrião riu e murmurou: ‘O que é demais, mal não faz’, sabendo que era um pequeno capricho.
  • Antes de comprar mais uma garrafa de vinho, João justificou‑se: 'O que é demais, mal não faz', apesar de o orçamento estar apertado.

Variações Sinónimos

  • Um pouco a mais não faz mal.
  • Mais um bocadinho não faz mal.
  • De vez em quando, um excesso não prejudica.

Relacionados

  • Tudo com moderação.
  • Quem tudo quer, tudo perde.
  • Melhor pouco do que nada.

Contrapontos

  • O excesso faz mal — avisos sobre saúde, segurança e finanças.
  • Demasiado estraga o prazer: o exagero reduz a qualidade da experiência.
  • Proverbial inverso: 'O que é demais, faz mal.'

Equivalentes

  • inglês
    A little of what you fancy does you good. / Too much of a good thing (nota: passo oposto em sentido cautelar).
  • espanhol
    Un poco más no hace daño. (tradução aproximada e de uso coloquial)
  • francês
    Un peu de plus ne fait pas de mal. (tradução literal/coloq.)