O rabo, sempre cheira ao que larga.
As ações ou efeitos deixam vestígios que permitem identificar a sua origem; costuma-se associar um resultado à causa ou ao autor.
Versão neutra
As ações deixam rastos que frequentemente permitem identificar o autor.
Faqs
- Qual é o sentido deste provérbio?
Significa que os actos ou efeitos deixam vestígios que muitas vezes permitem identificar a sua origem ou o responsável. - Posso usar esta expressão em contextos formais?
Não é recomendado. É coloquial e pode ser interpretada como acusatória; em contextos formais é preferível referir-se a provas ou factos. - É ofensivo chamar alguém com base neste provérbio?
Pode ser. Como sugere sinais e suspeitas, usar o provérbio para imputar culpa pode magoar ou difamar se não houver confirmação. - Qual é a origem deste provérbio?
A origem exacta não é conhecida publicamente; trata‑se de um dito popular usado na língua portuguesa para ilustrar a ligação entre causa e efeito. - Há alternativas mais neutras?
Sim — por exemplo: 'As ações deixam rastos' ou 'As consequências frequentemente revelam a origem'.
Notas de uso
- Provérbio coloquial usado para atribuir responsabilidade com base em indícios.
- Freqüentemente empregue em conversas informais; pode soar pejorativo se aplicado a pessoas.
- Não é prova definitiva — refere-se mais a suspeitas ou pistas do que a certezas forenses.
- Evitar em contextos formais ou judiciais, onde é necessária prova objetiva.
Exemplos
- Na reunião, reparámos que o documento tinha sido alterado; o rabo, sempre cheira ao que larga — parecia óbvio quem o fizera.
- Quando houve o desaparecimento do material, vários colegas desconfiaram do estagiário porque as evidências apontavam para ele; o rabo, sempre cheira ao que larga.
- Num contexto mais neutro: as pegadas e registos informáticos mostraram quem acedeu ao sistema — as consequências revelaram a origem.
Variações Sinónimos
- O rabo sempre cheira ao que larga
- O rabo cheira sempre ao que larga
- As consequências denunciam a origem
- Onde há sinal, costuma haver causa
Relacionados
- Onde há fumo, há fogo
- Quem semeia ventos colhe tempestades
- As aparências iludem
- Quem tem telhados de vidro não atire pedras
Contrapontos
- Generaliza: um vestígio não é prova definitiva de culpa.
- Pode levar a acusações injustas se não houver investigação adequada.
- É uma expressão coloquial que pode ferir a reputação de alguém sem confirmar factos.
- Em contextos jurídicos ou profissionais, devem prevalecer provas e procedimentos formais.
Equivalentes
- inglês
Literal: 'The tail always smells of what it leaves.' Ideia equivalente: 'Where there's smoke, there's fire.' - espanhol
Literal: 'La cola siempre huele a lo que deja.' Equivalente comum: 'Donde hay humo, hay fuego.' - francês
Literal: 'La queue sent toujours ce qu'elle laisse.' Ideia aproximada: 'Il n'y a pas de fumée sans feu.'