O rei reina, mas não governa.

Indica que alguém tem um título ou posição formal de autoridade, mas não exerce o poder efectivo de decidir ou governar.

Versão neutra

Alguém ocupa uma posição simbólica sem exercer autoridade efectiva sobre a governação.

O que significa exactamente este provérbio?
Significa que alguém ocupa uma posição oficial de autoridade (como um rei) mas, na prática, não exerce o poder de tomar decisões ou governar.
Quando se usa este provérbio no dia a dia?
Usa‑se para comentar situações em que uma pessoa ou instituição tem um título simbólico enquanto outra força efectua as decisões reais — em política, negócios ou organizações.
Tem origem histórica conhecida?
Não existe uma origem documentada precisa; a fórmula surge em críticas a monarquias constitucionais e lugares onde o poder real fica com órgãos representativos ou ministros.
É sempre pejorativo?
Nem sempre; pode ser apenas descritivo. Porém, frequentemente tem tom crítico ou irónico ao realçar a ausência de poder efectivo.
Pode aplicar‑se fora de contextos monárquicos?
Sim. Usa‑se metaforicamente para qualquer situação em que alguém seja figura simbólica sem capacidade de decisão real.

Usa‑se frequentemente em contexto político para distinguir entre chefe de Estado simbólico e quem detém o poder executivo.
Emprega‑se também de forma metafórica para descrever qualquer figura institucional que seja apenas decorativa.
Tomar o provérbio como crítica implícita: costuma implicar que o poder real está noutros actores (governo, parlamento, interesses económicos).
O tom pode ser neutro, explicativo ou irónico, consoante o contexto e o falante.

Na monarquia constitucional, o monarca recebe chefias de Estado e cerimónias, mas o primeiro‑ministro dirige as políticas: o rei reina, mas não governa.
Após a reorganização da empresa, o fundador ficou como presidente honorário — reina, mas não governa — enquanto a nova direcção tomou as decisões do dia a dia.
Na associação estudantil, o presidente era uma figura pública para os eventos; na prática, as comissões técnicas é que decidiam: pode dizer‑se que reina, mas não governa.

Em monarquias absolutas ou autocracias, o soberano governa efectivamente e não se aplica o provérbio.
Mesmo em sistemas constitucionais, o monarca ou chefe simbólico pode deter poderes reservados que são exercidos em casos excepcionais.
Figuras simbólicas detêm frequentemente influência informal (persuasão, prestígio), pelo que 'não governa' não significa ausência total de impacto.