O saber e a razão falam; a ignorância e o erro rugem.
Contrasta a argumentação calma e fundada do saber com a exaltação e ruÃdo próprios da ignorância e do erro.
Versão neutra
O conhecimento e a razão argumentam; a ignorância e o erro manifestam‑se ruidosamente.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado quando se pretende destacar que argumentos bem fundamentados tendem a ser expostos de forma serena, enquanto posições mal informadas se manifestam com mais agressividade ou barulho. Use‑o para comentar estilos de argumentação, não para atacar pessoas. - O provérbio afirma que as pessoas calmas têm sempre razão?
Não. Trata‑se de uma observação retórica sobre tendências de comportamento comunicativo. A calma pode acompanhar argumentos válidos, mas a veracidade depende de provas e lógica, não do tom. - Pode este provérbio ser ofensivo?
Pode ser percebido como desdenhoso se aplicado diretamente a alguém para desqualificar sem analisar argumentos. É preferÃvel empregá‑lo como comentário geral sobre estilos de debate.
Notas de uso
- Usa-se para sublinhar que argumentos bem fundamentados são apresentados com calma, enquanto posições mal informadas tendem a ser expressas com veemência e agressividade.
- Registo: adequado em contextos formais e informais, sobretudo em comentários sobre debates, polémicas públicas ou discussões académicas.
- Evitar usar de forma insultuosa ou para calar interlocutores — funciona melhor como observação crÃtica do comportamento coletivo do que como ataque pessoal.
- Não implica que toda pessoa calma tenha razão nem que toda pessoa barulhenta esteja errada; é uma tendência retórica, não uma regra absoluta.
Exemplos
- No debate da assembleia, foram as respostas ponderadas que convenceram a maioria; como diz o provérbio, o saber e a razão falam; a ignorância e o erro rugem.
- Quando surge uma polémica nas redes sociais, costuma vingar a máxima: argumentos bem informados expõem-se com calma, enquanto a ignorância grita mais alto — é preciso filtrar as fontes.
Variações Sinónimos
- A razão fala, o erro berra.
- Quem sabe explica, quem não sabe levanta a voz.
- Copo vazio faz mais barulho (variação idiomática).
Relacionados
- O copo vazio faz mais barulho.
- Quem sabe fala, quem não sabe grita.
- Mais vale um homem sensato do que dez que falam alto.
Contrapontos
- Nem sempre o volume da voz indica a veracidade de um argumento; manifestações ruidosas podem denunciar injustiças reais e urgentes.
- Existem contextos em que a veemência é necessária para chamar a atenção para um problema; ser ruidoso nem sempre equivale a ignorância.
- A calma pode ocultar manipulação retórica; avaliar fontes e evidências continua a ser essencial.
Equivalentes
- inglês
Empty vessels make the most noise. - espanhol
Los ignorantes hacen más ruido que los sabios. - francês
Les vases vides font le plus de bruit.