O seguro morreu de velho e a prudência foi ao enterro

O seguro morreu de velho e a prudência fui ao ent ... O seguro morreu de velho e a prudência fui ao enterro (funeral)

Comentário irónico sobre a prudência: sugere que a pessoa cautelosa viveu até à velhice, enquanto a prudência esteve presente no funeral — pode louvar a cautela ou advertir contra o excesso de cautela, consoante o contexto.

Versão neutra

O prudente viveu até à velhice e a prudência esteve presente no funeral.

Faqs

  • O que significa exatamente este provérbio?
    É uma frase irónica que liga a ideia de segurança/precaução à longevidade: elogia que ser cauteloso evita problemas, mas, dependendo do tom, também pode criticar quem é exageradamente prudente.
  • Quando devo usar este provérbio?
    Use‑o em contextos informais para comentar decisões cautelosas ou para ironizar sobre falta de iniciativa; adapte o tom para que a intenção (elogio ou crítica) fique clara.
  • A forma original contém um erro: 'fui' em vez de 'foi'?
    Sim — a forma culta é 'foi ao enterro'. 'Fui' surge por erro de conjugação ou uso coloquial, mas a versão correta mantém a concordância com 'a prudência'.

Notas de uso

  • Usa-se de forma irónica para comentar situações em que alguém foi cauteloso e, por isso, evitou problemas ou viveu mais tempo.
  • Também pode ser proferido com tom crítico, para sublinhar que prudência excessiva impediu oportunidades ou iniciativas.
  • Normalmente usado em conversas informais; o segundo segmento costuma pronunciar‑se como 'foi ao enterro' (correção da forma coloquial).
  • Tom e contexto determinam se a frase elogia a prudência ou a ridiculariza — presta atenção à entoação.

Exemplos

  • Quando o grupo decidiu não investir sem garantias, ele sorriu e disse: «O seguro morreu de velho e a prudência foi ao enterro», valorizando a cautela.
  • Ela recusou várias ofertas arriscadas; os colegas riram e comentaram com ironia: «O seguro morreu de velho e a prudência foi ao enterro», insinuando que ela perdeu oportunidades.
  • Antes de assinar o contrato, o advogado avisou para ler tudo com calma — e concluiu: «O seguro morreu de velho e a prudência foi ao enterro».
  • Diante da proposta aventureira, ele preferiu recuar; alguém observou: «O seguro morreu de velho e a prudência foi ao enterro», criticando a falta de audácia.

Variações Sinónimos

  • O seguro morreu de velho.
  • Mais vale prevenir do que remediar.
  • Quem tudo quer, tudo perde. (em sentido crítico sobre risco)
  • Quem não arrisca não petisca. (variação de sentido/oposição)

Relacionados

  • Mais vale prevenir do que remediar
  • Quem não arrisca não petisca
  • Quem tudo quer, tudo perde

Contrapontos

  • Usar sempre prudência extrema pode impedir oportunidades — contraponto habitual: «Quem não arrisca não petisca».
  • A ironia do provérbio pode ser lida como crítica ao conformismo, não apenas elogio da segurança.

Equivalentes

  • inglês
    Better safe than sorry (equivalente em tom positivo); ironicamente pode associar‑se a «Even the cautious will die eventually» (não idiomático).
  • espanhol
    Más vale prevenir que curar (equivalente em tom positivo).
  • francês
    Mieux vaut prévenir que guérir (equivalente em tom positivo).
  • alemão
    Vorsicht ist die Mutter der Porzellankiste (ressalta a importância da cautela).