Afirma que Deus ordenou as coisas com um propósito final, incluindo a existência e destino dos ímpios, sugerindo providência e juízo divino.
Versão neutra
Tudo existe com um propósito final; mesmo quem faz o mal encontra o desfecho que lhe corresponde.
Faqs
O que significa este provérbio de forma simples? Que existe um propósito último nas coisas e que, segundo a tradição bíblica, até os atos dos ímpios entram num desfecho que culmina em juízo ou consequência.
Isto justifica o mal ou o sofrimento? Não necessariamente; muitos intérpretes afirmam que o verso aponta para providência e justiça final, mas não serve para justificar ações más nem para anular responsabilidade moral.
É um argumento a favor da predestinação? Algumas tradições usam-no nesse sentido, mas há interpretações diversas: uns veem-no como expressão de providência divina, outros enfatizam a coexistência com o livre-arbítrio.
Como posso usar este provérbio hoje? Pode ser citado em reflexões sobre sentido e justiça, em contextos religiosos ou acadêmicos, sempre com cuidado para não invalidar a responsabilidade ética.
Notas de uso
Frequentemente citado em contextos teológicos para discutir providência divina e justiça final.
Usado em sermões e comentários bíblicos para enfatizar que até o mal é integrado num plano mais amplo.
Pode aparecer em debates sobre predestinação versus livre-arbítrio; é interpretado de formas distintas por várias tradições religiosas.
Em linguagem corrente, serve para expressar a ideia de que tudo tem um propósito ou um desfecho esperado.
Exemplos
O pregador citou o provérbio para explicar que, na sua visão, há ordem e sentido mesmo nos acontecimentos trágicos.
Num ensaio sobre destino e responsabilidade, o autor referiu o verso para ilustrar como algumas tradições entendem o papel do mal na história.
Variações Sinónimos
O Senhor fez todas as coisas para um propósito.
Tudo tem um fim determinado, até o ímpio para o dia do juízo.
Deus estabelece tudo com um desígnio, inclusive os perversos para o seu castigo.
Providência divina determina fim e justiça.
Relacionados
Eclesiastes 3:1–8 ('Tudo tem o seu tempo')
Provérbios sobre justiça e juízo divino
Ditado popular: 'Deus escreve direito por linhas tortas'
Debates sobre predestinação e livre-arbítrio
Contrapontos
Perspetiva ética: responsabilização moral e livre-arbítrio — afirmar que tudo é preordenado pode diminuir a responsabilidade individual.
Problema do mal: a existência de sofrimento e maldade levanta questões sobre a benevolência ou intervenção divina.
Interpretação histórica-crítica: alguns estudiosos veem o verso como expressão da visão teológica de uma comunidade, não como explicação absoluta do sofrimento.
Uso retórico indevido: empregar o provérbio para justificar injustiças presentes pode ser questionável do ponto de vista ético.
Equivalentes
English The Lord has made everything for its purpose, even the wicked for the day of disaster. (Proverbs 16:4, various translations)
Español El Señor ha hecho todo para un fin; también al impío para el día de la calamidad. (Proverbios 16:4)
Français Le Seigneur a tout fait pour un but; même le méchant pour le jour du malheur. (Proverbes 16:4)