O sino chama para a missa, mas não vai a ela.

O sino chama para a missa, mas não vai a ela.
 ... O sino chama para a missa, mas não vai a ela.

Critica quem convoca ou incentiva outros a cumprir algo, mas não participa nem cumpre ele próprio.

Versão neutra

Alguém incentiva outros a participar ou cumprir algo, mas não participa nem o cumpre pessoalmente.

Faqs

  • O que exactamente quer dizer este provérbio?
    Significa que alguém convoca, exorta ou dá o exemplo em palavras, mas não participa nem cumpre as acções que pede aos outros. É uma crítica à incoerência entre discurso e prática.
  • É apropriado usá‑lo em contexto profissional?
    Pode ser usado para criticar comportamentos incoerentes, mas convém fazê‑lo com cuidado e com factos, porque tem um tom acusatório e pode gerar conflitos.
  • Há situações em que o uso do provérbio é injusto?
    Sim. Quando a ausência de quem convoca tem justificações legítimas (delegação, impedimentos, razões de segurança) a crítica pode ser injusta. Verificar o contexto evita mal‑entendidos.

Notas de uso

  • Usa‑se para apontar hipocrisia, incoerência ou palavras sem ação.
  • Tom geralmente crítico; pode ser usado em contexto familiar, laboral ou político.
  • Registo coloquial; evitar em contextos formais sem provas, porque faz uma crítica direta a comportamentos.
  • Não implica sempre má intenção — por vezes reflecte delegação de responsabilidades ou impossibilidade prática.

Exemplos

  • O presidente da comissão promoveu a campanha de recolha de fundos, mas nunca apareceu nas ações; foi mesmo o sino que chama para a missa, mas não vai a ela.
  • A directora pediu maior empenho nas limpezas do local de trabalho e depois faltou às reuniões de acompanhamento — um claro exemplo de 'o sino chama para a missa, mas não vai a ela'.
  • Quando um político exige sacrifícios à população e depois beneficia de isenções, os críticos dizem que 'o sino chama para a missa, mas não vai a ela'.

Variações Sinónimos

  • Quem chama não vai
  • Chamar para a missa e não ir
  • Falar muito e fazer pouco
  • Prometer e não cumprir

Relacionados

  • Falar é fácil, fazer é que é difícil.
  • Prometer é fácil, cumprir é que é difícil.
  • Doas palavras aos actos (crítica à falta de coerência entre discurso e prática).

Contrapontos

  • Nem sempre a ausência de quem convoca é sinal de hipocrisia — pode dever‑se a delegação deliberada, impedimentos logísticos ou razões de segurança.
  • Apontar a incoerência sem contexto pode ser injusto; é preferível verificar motivos antes de acusar.
  • Em algumas funções a tarefa principal é organizar/convocar e a execução cabe a outros; nesse caso a crítica deve centrar‑se nas responsabilidades distribuídas.

Equivalentes

  • inglês
    All talk and no action / Do as I say, not as I do
  • espanhol
    Mucho hablar y poco hacer
  • francês
    Beaucoup de paroles, peu d'actes