O tempo a tudo dá remédio

Com o passar do tempo muitas dores, conflitos e dificuldades tendem a diminuir ou a tornar‑se mais fáceis de suportar.

Versão neutra

Com o tempo, muitas coisas melhoram.

Em que situações é adequado dizer este provérbio?
É adequado para consolar perante perdas emocionais, desilusões ou para indicar que uma má fase tenderá a ser menos intensa com o tempo. Deve ser evitado como desculpa para não agir quando é necessária intervenção imediata.
Significa isto que não devemos fazer nada e esperar?
Não. O provérbio enfatiza a função atenuante do tempo, mas muitas situações requerem ação (tratamento médico, apoio psicológico, resolução de conflitos). O tempo pode ajudar, mas raramente substitui medidas concretas.
É um provérbio universal?
A ideia de que o tempo suaviza dores existe em muitas culturas e línguas, mas a sua aplicação moral ou prática varia conforme o contexto cultural e a natureza do problema.

Usa‑se frequentemente para consolar alguém que sofreu uma perda, desilusão ou desgaste emocional.
Implica alguma passividade: sugere que a situação melhora por si com o tempo, sem necessariamente exigir intervenção ativa.
Nem sempre é literal: problemas que requerem tratamento, apoio ou decisão não se resolvem apenas com o tempo.
É apropriado em contextos pessoais e informais; em contextos profissionais pode ser visto como evasivo se for usado para justificar falta de ação.

Depois do fim do relacionamento, ela lembrou‑se do provérbio: o tempo a tudo dá remédio, e foi reconstruindo a rotina aos poucos.
O país enfrenta dificuldades económicas, mas alguns políticos e analistas dizem que o tempo a tudo dá remédio — embora defendam também medidas concretas.
Quando o resultado do exame foi inesperado, o médico explicou que, em muitos casos, o tempo e o acompanhamento médico podem atenuar os sintomas.

Nem tudo se resolve com o tempo; algumas situações exigem intervenção imediata (tratamento médico, ação legal, mudança de comportamento).
A espera passiva pode agravar problemas: o tempo pode permitir que uma condição piore se não houver cuidados.
Usar o provérbio para evitar responsabilidades ou decisões pode ser injustificável em contextos profissionais ou legais.