O tonel nunca perde o cheiro do vinho.
Algo ou alguém conserva traços do que foi no passado; influências iniciais tendem a permanecer.
Versão neutra
As marcas do passado costumam permanecer, mesmo que a situação mude.
Faqs
- O que quer dizer este provérbio?
Significa que vestígios do passado — hábitos, cheiros, práticas ou reputações — tendem a permanecer, mesmo após mudanças. - Posso usar este provérbio em contexto profissional?
Sim, quando se discute reputação organizacional, legacy systems ou cultura corporativa, mas convém evitar tom condenatório sem reconhecer capacidade de mudança. - É ofensivo aplicá‑lo a uma pessoa?
Pode ser percebido como crítico se implicar que alguém não pode mudar. Use‑o com cuidado e, se apropriado, complemente com reconhecimento de possibilidade de transformação.
Notas de uso
- Usa‑se frequentemente em sentido figurado para falar de hábitos, reputação ou marcas deixadas por experiências passadas.
- Pode aplicar‑se a objetos (recipientes que assimilam odores) e, por extensão, a pessoas ou organizações.
- Registo neutro; atenção ao contexto: pode ser interpretado como julgador se aplicado a pessoas sem reconhecer a possibilidade de mudança.
Exemplos
- Embora a empresa tenha nova gestão, o mercado ainda desconfia porque o antigo diretor deixou práticas pouco transparentes — o tonel nunca perde o cheiro do vinho.
- Depois de tantos anos a fumar, mesmo depois de parar sente‑se o reflexo dos hábitos antigos nas rotinas diárias — o tonel nunca perde o cheiro do vinho.
Variações Sinónimos
- O barril não perde o cheiro do vinho.
- As marcas do passado não se apagam facilmente.
- Há cheiros que ficam.
Relacionados
- Quem nasce torto, jamais se endireita (provérbio de sentido semelhante sobre traços permanentes).
- Velhos hábitos são difíceis de mudar (ídem sentido popular).
- Reputação e memória social.
Contrapontos
- Mudança é possível com esforço e tempo: pessoas reabilitam‑se e organizações reformam‑se.
- Novos ambientes e formação podem reduzir ou alterar influências passadas.
- Nem todas as marcas do passado são permanentes; algumas desaparecem com intervenções adequadas.
Equivalentes
- inglês
Old habits die hard / A jar doesn't lose the smell of what's been in it (sentido semelhante). - espanhol
El jarro nunca pierde el olor del vino. - francês
Le tonneau n'oublie pas le vin (tradução literal usada como equivalente).