Quem perfuma o porco, perde o cheiro e o juízo.

Quem perfuma o porco, perde o cheiro e o juízo.
 ... Quem perfuma o porco, perde o cheiro e o juízo.

A tentativa de embelezar ou maquilhar algo intrinsecamente mau é inútil e pode levar a perda do bom senso.

Versão neutra

Tentar disfarçar ou melhorar algo que por natureza é inadequado é inútil e pode mostrar falta de discernimento.

Faqs

  • O que quer dizer exactamente este provérbio?
    Significa que tentar embelezar ou maquilhar algo que é, por natureza, inadequado ou mau é inútil e pode indicar falta de bom senso.
  • Quando é apropriado usar esta expressão?
    Quando se quer criticar soluções superficiais para problemas profundos — por exemplo, medidas cosméticas numa organização ou tentativa de disfarçar corrupção com aparências.
  • É ofensivo dizer isto a alguém?
    Podem considerar‑no ofensivo se aplicado a pessoas em particular, porque insinua falta de juízo ou natureza irreformável. Usar com cuidado.
  • Tem origem documentada?
    Não há fonte histórica única conhecida; é um provérbio popular. A ideia tem paralelos em várias línguas, indicando uma raiz comum na sabedoria popular europeia.

Notas de uso

  • Usa‑se para criticar medidas superficiais aplicadas a problemas profundos (políticas, organizações, atitudes pessoais).
  • Tom coloquial; adequada em registo informal e em comentários críticos.
  • Pode ter tom pejorativo se dirigida a pessoas (cuidado com ofensa).
  • Não é usada em contextos técnicos ou formais sem explicação, pois é metafórica.

Exemplos

  • Meter apenas uma nova imagem na campanha não resolverá os problemas de gestão; quem perfuma o porco, perde o cheiro e o juízo.
  • Dar um smartphone caro a alguém que não sabe gerir dinheiro não vai mudar os hábitos — é o caso de quem perfuma o porco, perde o cheiro e o juízo.

Variações Sinónimos

  • Quem perfuma um porco, perde o cheiro e o juízo.
  • Perfumar um porco não muda o porco.
  • Não adianta embelezar o que é intrinsecamente mau.

Relacionados

  • Não se pode fazer uma bolsa de seda com a pele de um porco (variante europeia).
  • Pôr remédio por fora quando o mal está por dentro (sentido semelhante).
  • Mais vale remediar a raiz do que disfarçar o sintoma.

Contrapontos

  • Em alguns casos, pequenas melhorias estéticas podem ter efeitos práticos (por exemplo, aumentar moral ou aceitação).
  • Reabilitação e educação podem transformar comportamentos considerados 'má natureza', logo não é sempre impossível melhorar algo.
  • O cuidado com a aparência pode ser útil em contextos específicos; a expressão generaliza e pode ser demasiado rígida.

Equivalentes

  • inglês
    You can't make a silk purse out of a sow's ear.
  • espanhol
    No se puede hacer una bolsita de seda con la oreja de un cerdo.
  • francês
    On ne peut pas faire d'une oreille de porc une bourse de soie.