O uso do cachimbo faz a boca torta

O uso do cachimbo faz a boca torta. 
 ... O uso do cachimbo faz a boca torta.

Os hábitos que se repetem acabam por marcar a aparência, o comportamento ou o carácter de uma pessoa.

Versão neutra

Os hábitos que se praticam moldam a pessoa.

Faqs

  • O provérbio refere-se literalmente ao cachimbo e à boca torta?
    Não. A imagem do cachimbo é metafórica: serve para exemplificar que ações repetidas (sejam elas boas ou más) acabam por deixar marca.
  • Posso usar este provérbio hoje em dia ou é antiquado?
    Pode usar-se, mas convém ter em conta o contexto: a referência ao cachimbo pode soar desactualizada e, em contextos sensíveis, é preferível usar uma versão neutra como 'os hábitos moldam a pessoa'.
  • O provérbio tem conotação moral?
    Sim, frequentemente é usado para advertir contra maus hábitos ou para justificar a observação de que práticas repetidas condicionam o carácter.

Notas de uso

  • Provérbio usado de forma metafórica para advertir sobre os efeitos acumulados de comportamentos repetidos.
  • Registo: coloquial e proverbial; adequado em conversas informais, advertências educativas e comentários morais.
  • Não deve ser tomado literalmente: a referência ao cachimbo é uma imagem tradicional (tabaco); hoje pode ser considerada desactualizada.
  • Pode ser usado tanto com intenção corretiva (alerta sobre maus hábitos) como descritiva (constatação de mudanças visíveis por repetição).

Exemplos

  • Se passas horas a procrastinar nas redes sociais, lembra-te: o uso do cachimbo faz a boca torta — acabas por criar uma rotina difícil de mudar.
  • Quando viu o jovem a imitar maus modos dos colegas, a mãe comentou: 'o uso do cachimbo faz a boca torta'.
  • Num relatório sobre formação profissional, o orientador advertiu que 'o uso do cachimbo faz a boca torta' para enfatizar que práticas repetidas definem competências e atitudes.

Variações Sinónimos

  • Quem tem hábito, tem vício (variação com sentido negativo).
  • Os hábitos deformam a pessoa.
  • O hábito molda o carácter.

Relacionados

  • Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és.
  • O hábito faz o monge.
  • O hábito é uma segunda natureza.

Contrapontos

  • Os hábitos podem ser alterados por vontade, educação ou terapia; não são inevitáveis.
  • A formulação literal (o cachimbo) remete para tabaco, o que hoje é problemático por razões de saúde e não corresponde literalmente à ideia de 'boca torta'.
  • Factores genéticos e estruturais (socioeconómicos, educacionais) também condicionam o comportamento, não só os hábitos individuais.

Equivalentes

  • inglês
    Old habits die hard / You are what you repeatedly do
  • espanhol
    El hábito hace al monje (variante) / Dime con quién andas y te diré quién eres
  • francês
    L'habitude est une seconde nature / Dis‑moi qui tu fréquentes, je te dirai qui tu es

Provérbios