Olho que vê, mão que pilha

Olho que vê, mão que pilha ... Olho que vê, mão que pilha

Alerta de que a visão da oportunidade pode levar alguém a apropriar-se de algo alheio; refere-se à tendência humana de aproveitar ocasiões para furtar ou tomar posse.

Versão neutra

Quando algo é visível e há oportunidade, há maior risco de alguém o tomar sem autorização.

Faqs

  • O provérbio implica que toda pessoa que vê algo vai roubá-lo?
    Não. É uma advertência sobre risco e tentação, não uma afirmação determinista sobre o carácter das pessoas.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se quer alertar para a necessidade de proteger bens, criticar oportunidades que facilitam o furto ou comentar comportamento oportunista.
  • É ofensivo dizer a alguém 'olho que vê, mão que pilha'?
    Pode ser percebido como acusação ou sarcasmo. Usá-lo directamente para insinuar culpa sem provas pode ofender.
  • Existe origem conhecida deste provérbio?
    A origem concreta não é registada aqui; a ideia é antiga e tem equivalentes noutras línguas que ligam oportunidade e furto.

Notas de uso

  • Usa-se para comentar situações em que a visibilidade de um bem ou a existência de oportunidade facilita o furto ou a apropriação.
  • Pode ter tom jocoso, censurador ou preventivo, dependendo do contexto e da entoação.
  • Serve também como advertência para guardar bens ou reduzir exposição quando há risco de aproveitamento por terceiros.
  • Por vezes usado de forma crítica para apontar falta de autocontrolo ou corrupção moral.

Exemplos

  • Deixaram as ferramentas à vista na obra e, no dia seguinte, faltavam várias — olho que vê, mão que pilha.
  • Preferi trancar a bicicleta no sótão durante a feira; com tanta gente na rua, olho que vê, mão que pilha.
  • Comentaram que, naquela repartição, documentos importantes circulavam sem fiscalização — não admira que se perdessem; olho que vê, mão que pilha.

Variações Sinónimos

  • Quem vê leva
  • Olho que vê, mão que leva
  • A ocasião faz o ladrão (frase relacionada)

Relacionados

  • A ocasião faz o ladrão
  • Quem não guarda, perde
  • Oportunidade que aparece, tentação que surge

Contrapontos

  • Não é inevitável: ver algo não justifica a apropriação — a ética e a lei distinguem observação de furto.
  • Usar o provérbio para acusar sem provas pode ser injusto — oportunidade não equivale a culpa automática.
  • Em contextos profissionais, o correto é estabelecer regras e fiscalização, não resignar-se ao furto como algo natural.

Equivalentes

  • Inglês
    Opportunity makes the thief
  • Espanhol
    La ocasión hace al ladrón
  • Francês
    L'occasion fait le larron
  • Italiano
    L'occasione fa il ladro
  • Alemão
    Gelegenheit macht Diebe