Onça que não acha o que comer, come os filhos.
A falta de recursos pode levar a atitudes desesperadas que prejudicam os próprios próximos.
Versão neutra
Quem fica sem recursos tende a prejudicar os seus próprios por desespero.
Faqs
- Qual é a origem deste provérbio?
Não há uma origem documentada conhecida para este provérbio; trata-se de um dito popular transmitido oralmente que utiliza a imagem da onça para exemplificar desespero e sacrifÃcio dos próprios. - Quando é apropriado usar este provérbio?
É adequado para descrever ou criticar situações de extrema necessidade que conduzem a decisões drásticas, especialmente em discussões sobre pobreza, crise ou falhas de proteção social. Deve ser evitado em contextos que possam ferir diretamente pessoas afetadas. - Este provérbio é ofensivo?
Pode ser sensÃvel, porque evoca dano a dependentes (por exemplo, filhos). O seu uso exige cuidado, evitando‑o em situações em que possa chocar ou trivializar sofrimento real.
Notas de uso
- Usado para descrever situações de extrema necessidade em que se tomam medidas drásticas.
- Pode servir como crÃtica moral: alerta contra justificar atos reprováveis pela falta de opções.
- Empregado tanto literalmente (no contexto de animais) como metaforicamente (pessoas, instituições).
- Deve ser usado com cuidado em contextos sensÃveis, por referir dano a dependentes.
Exemplos
- Numa crise económica prolongada, alguns comentaram com desalento: «onça que não acha o que comer, come os filhos», referindo o risco de famÃlias se desfazerem de laços por sobrevivência.
- Quando a empresa deixou de pagar salários e cortou benefÃcios, circulou a ideia de que 'onça que não acha o que comer, come os filhos' — utilizado como aviso sobre decisões internas drásticas.
- Num texto sobre polÃtica social, o autor citou o provérbio para sublinhar que a ausência de redes de apoio pode forçar as pessoas a escolhas danosas.
Variações Sinónimos
- Onça que não encontra o que comer, come os filhos
- Onça que não arranja comida, come os seus
- A necessidade não tem lei
- A fome é má conselheira
Relacionados
- A necessidade não tem lei
- A fome é má conselheira
- Desperate times call for desperate measures (equivalente idiomático em inglês)
- Crise económica e comportamento social
Contrapontos
- A falta de recursos não justifica violar direitos ou prejudicar dependentes; alternativas legais e solidárias devem ser procuradas.
- PolÃticas públicas e redes de apoio podem prevenir que a necessidade leve a medidas extremas.
- Moralmente, responsabilizar a circunstância não exime a responsabilidade individual por atos prejudiciais.
Equivalentes
- inglês
Desperate times call for desperate measures. - espanhol
La necesidad no tiene ley. - francês
Les temps désespérés exigent des mesures désespérées.