Onde há ratos, há buracos; onde há buracos, há ratos.

Onde há ratos, há buracos; onde há buracos, há ... Onde há ratos, há buracos; onde há buracos, há ratos.

Expressa que sinais e causas tendem a acompanhar‑se: a existência de um indício sugere a presença da sua causa ou do elemento associado.

Versão neutra

Sinais de um problema normalmente apontam para a existência da causa ou de elementos associados; onde há indícios, convém investigar por causas.

Faqs

  • O que significa este provérbio no uso cotidiano?
    Indica que a presença de um indício costuma apontar para a existência de uma causa ou elemento associado — ou seja, sinais justificam procurar por algo subjacente.
  • Posso usá‑lo para provar que algo aconteceu?
    Não. O provérbio sugere investigação: sinais aumentam a probabilidade, mas não substituem prova. É preciso confirmar com evidências.
  • Qual a diferença entre este provérbio e 'onde há fumaça, há fogo'?
    Ambos apontam para a relação entre sinal e causa; 'fumaça/fogo' é mais comum e genérico, enquanto 'ratos/buracos' pode enfatizar mutuabilidade e presença física de alojamento e ocupantes.
  • Quando devo evitar usá‑lo?
    Evite quando houver risco de tirar conclusões precipitadas, estigmatizar pessoas ou agir sem verificação — especialmente em situações legais ou sensíveis.

Notas de uso

  • Usa‑se para justificar a procura das causas a partir de sinais observáveis (ex.: danos, falhas, pistas).
  • É aplicado tanto no sentido literal (infestação, manutenção) como figurado (problemas administrativos, vulnerabilidades técnicas).
  • Pode ser invocado como argumento prático para investigação ou intervenção preventiva.
  • Há que ter cuidado: o provérbio pressupõe correlação, não prova causalidade; é uma sugestão de investigação, não uma conclusão definitiva.
  • Em discurso crítico, pode ser acusado de circularidade se usado para provar algo sem evidência adicional.

Exemplos

  • Encontrámos papel e restos de alimento junto às prateleiras — onde há ratos, há buracos; é preciso inspecionar as bases do armazém.
  • O sistema apresentou várias pequenas falhas; onde há ratos, há buracos: uma auditoria mais profunda poderá revelar vulnerabilidades maiores.
  • Quando um departamento acumula queixas recorrentes, aplica‑se o princípio: onde há ratos, há buracos — investigar procedimentos e lideranças.

Variações Sinónimos

  • Onde há fumaça, há fogo.
  • Onde há sinais, há causas.
  • Quem vê sinais deve procurar as causas.

Relacionados

  • Mais vale prevenir do que remediar
  • Quem procura acha
  • Olho que não vê, coração que não sente (contraponto sobre ignorar sinais)

Contrapontos

  • Correlação não implica causalidade — sinais podem dever‑se a coincidência, interpretações erradas ou causas externas.
  • Falsos positivos: um sinal aparente (ex.: barulho) pode ter origem diferente da suposta (ex.: vento, material solto).
  • Risco de estigmatização: assumir que um sinal identifica automaticamente uma causa pode levar a conclusões injustas ou intervenções desnecessárias.
  • Necessidade de verificar evidências: o provérbio sugere investigação, não substitui provas ou análise cuidadosa.

Equivalentes

  • inglês
    Where there's smoke, there's fire.
  • espanhol
    Donde hay humo, hay fuego.
  • francês
    Où il y a de la fumée, il y a du feu.
  • alemão
    Wo Rauch ist, ist auch Feuer.
  • italiano
    Dove c'è fumo c'è fuoco.