Os grandes navios podem tentar o mar alto; os pequenos barcos não devem afastar-se muito da praia.
Aconselha a ajustar o grau de risco à dimensão, meios e experiência: quem tem recursos pode arriscar mais; quem tem poucos meios deve ser mais cauteloso.
Versão neutra
Quem tem meios e experiência pode assumir maiores riscos; quem tem poucos meios deve ser mais cauteloso.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use-o para aconselhar prudência quando alguém pretende assumir riscos que excedem os seus meios, por exemplo em finanças pessoais, projectos empresariais ou operações fÃsicas que exigem equipamento adequado. - O provérbio desincentiva a ambição?
Não necessariamente. Procura equilibrar ambição com capacidade e segurança. Deve ser complementado por estratégias de crescimento sustentado, formação e apoio externo para reduzir riscos. - É um dito elitista ou conservador?
Pode ser interpretado dessa forma se usado para impedir oportunidades. A leitura mais neutra é de gestão racional do risco; a aplicação ética exige avaliar contexto, igualdade de oportunidades e possibilidade de mitigação do risco. - Como aplicar na prática num projecto empresarial?
Avalie recursos, escalabilidade e impacto do risco; faça testes em pequena escala, proteja capital crÃtico e só expanda quando houver capacidade técnica e financeira para enfrentar riscos maiores.
Notas de uso
- Usa-se para recomendar prudência e gestão de riscos em negócios, finanças e decisões pessoais.
- Aplica-se também a organizações e equipas: capacidade operacional condiciona ambição e exposição a risco.
- Tomar como conselho geral, não como proibição absoluta — o contexto e a competência podem alterar o enquadramento do risco.
- Tom de uso: pode ser usado de forma neutra, paternalista ou conservadora, conforme o orador e o contexto.
Exemplos
- Numa start-up com recursos limitados, o conselho foi claro: concentrem-se no produto básico em vez de tentar expandir para vários mercados ao mesmo tempo — grandes navios podem tentar o mar alto; os pequenos barcos não devem afastar‑se muito da praia.
- Na gestão da frota pesqueira, o armador explicou que as embarcações de pequeno porte só saem em dias calmos, porque não têm equipamentos para mar agitado — princÃpio idêntico ao provérbio.
Variações Sinónimos
- Grandes navios enfrentam mar alto; pequenos barcos ficam junto à praia.
- Quem tem barca grande vai ao largo; quem tem pequena fica junto à costa.
- Risco proporcional aos meios.
- Não se exige ao fraco que faça o trabalho do forte.
Relacionados
- Mais vale prevenir do que remediar.
- Quem não tem cão caça com gato.
- Quem muito quer, tudo perde. (em parte: advertência sobre ambição desmedida)
- Não ponhas o carro à frente dos bois. (sobre planeamento e capacidade)
Contrapontos
- Quem não arrisca, não petisca — às vezes é necessário assumir riscos mesmo com recursos limitados para crescer.
- Apoiantes do progresso podem argumentar que pequenas embarcações inovadoras, bem pilotadas, também podem conquistar mar aberto.
- O provérbio pode ser usado para justificar imobilismo ou perpetuar desigualdades se aplicado sem considerar oportunidades de formação, cooperação ou apoio externo.
Equivalentes
- English
Big ships may venture into the high seas; small boats should not stray far from the shore. - Español
Los barcos grandes pueden aventurarse en alta mar; los barcos pequeños no deben alejarse mucho de la costa. - Français
Les grands navires peuvent s'aventurer en haute mer; les petites embarcations ne doivent pas s'éloigner trop du rivage.