Os grandes peixes devoram os pequenos.

Metáfora que descreve como agentes mais poderosos tendem a dominar, eliminar ou absorver agentes mais fracos ou de menor dimensão.

Versão neutra

Os agentes mais poderosos tendem a dominar ou suprimir os menos poderosos.

Este provérbio justifica comportamento predatório?
Não. O provérbio descreve uma observação sobre dinâmicas de poder; não constitui uma justificativa ética para práticas predatórias ou ilegais.
Em que contextos é mais usado?
É comum em debates sobre economia, negócios, política e relações sociais, especialmente quando se discute concentração de poder ou desigualdade.
Há exceções a esta regra?
Sim. Inovação, regulação, ação coletiva e circunstâncias específicas podem permitir que pequenos actores resistam ou superem os maiores.
Posso usar o provérbio num texto académico?
Sim, mas recomenda‑se clarificar o contexto e, em textos formais, complementá‑lo com dados ou referências que sustentem a afirmação.

Usado para descrever relações de poder em negócios, política, ecologia e sociedade em geral.
Tomar como descrição e não como justificação ética: indica um facto percebido, não um mandato para agir de forma predatória.
Registo: coloquial; adequado em comentários, análises jornalísticas e conversas informais, menos adequado em textos formais sem clarificação.
Pode aparecer em análises económicas para discutir concentração de mercado, fusões e aquisições e efeito de 'efeito rede'.
Quando usado em público, convém contextualizar com exceções e mecanismos de defesa (regulação, cooperativas, inovações).

Numa indústria sem regulação, os grandes grupos acabam por comprar concorrentes menores: os grandes peixes devoram os pequenos.
Na política local, um partido muito forte absorveu ou impediu a atividade de várias listas independentes — é a dinâmica de que os grandes peixes devoram os pequenos.
Num ecossistema alterado pelo homem, espécies maiores e mais adaptáveis podem sobrepujar espécies nativas menores; é um caso em que os grandes peixes devoram os pequenos.
Num mercado digital dominado por algumas plataformas, os pequenos fornecedores têm dificuldade em resistir: por vezes, os grandes peixes devoram os pequenos.

Existem vários exemplos em que empresas pequenas ou inovadoras derrotam concorrentes maiores — inovação e agilidade podem contrariar a vantagem de dimensão.
Regulação, legislação antitrust e políticas públicas procuram impedir que os grandes ‘devorem’ os pequenos.
A cooperação entre pequenos actores (associações, cooperativas) pode proteger mercados e comunidades locais.
Narrativas como 'David vs Goliath' mostram que o tamanho não determina sempre o resultado.