Pacifismo é dar balidos com os lobos ao seu serviço

Pacifismo é dar balidos com os lobos ao seu servi ... Pacifismo é dar balidos com os lobos ao seu serviço

Crítica à passividade que, em vez de contrariar agentes agressivos, acaba por lhes facilitar a ação — a paz aparente pode equivaler a conivência.

Versão neutra

A atitude de pacifismo, quando se limita à passividade perante quem pratica violência, pode tornar-se conivente com esses agentes.

Faqs

  • O que quer dizer exatamente este provérbio?
    Significa que a atitude pacífica ou a inação perante actos agressivos pode, na prática, favorecer quem comete essas agressões, tornando-se conivência.
  • O provérbio critica todo o pacifismo?
    Não necessariamente; critica sobretudo o pacifismo passivo que não contrapõe nem protege as vítimas. O pacifismo activo e a resistência não-violenta são diferentes.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se quer sublinhar que a neutralidade ou a inacção de uma pessoa ou instituição está a beneficiar claramente quem comete injustiças. Deve ser usado com cuidado por ser acusatório.
  • Como evitar confundir pacifismo com conivência?
    Analise as consequências das acções (ou da falta delas): se a estratégia pacífica pretende reduzir danos e confrontar o agressor sem o favorecer, não é conivência.

Notas de uso

  • Usa-se para apontar que a inação ou a neutralidade perante injustiças pode beneficiar os agressores.
  • Registo crítico; adequado em debates políticos, sociais ou éticos, mas pode ser forte em contextos pessoais.
  • Não se aplica automaticamente a todas as formas de pacifismo: distingue entre pacifismo conivente e pacifismo activo ou não-violento.
  • Pode ser interpretado como acusação de falta de coragem ou de cumplicidade; usar com cuidado para evitar simplificações.

Exemplos

  • Num debate sobre política externa, disseram: «Aceitar acordos unilaterais sem protestar é, muitas vezes, pacifismo a dar balidos com os lobos ao seu serviço».
  • Ao criticar a direção da empresa por não intervir contra práticas predatórias, alguém comentou: «Isto não é negociar — é dar balidos com os lobos ao seu serviço».
  • Em conversas sobre direitos humanos, uma activista observou que a simples neutralidade das instituições acabou por beneficiar os opressores.

Variações Sinónimos

  • Paz passiva é conivência com o agressor
  • Silêncio perante o erro é ajuda ao culpado
  • Aparente pacificação que serve os interesses dos predadores

Relacionados

  • Quem cala consente
  • A paz a qualquer preço pode ser traição
  • Não há paz sem justiça

Contrapontos

  • O pacifismo activo e a resistência não-violenta procuram confrontar a injustiça sem se tornar coniventes.
  • Nem toda a neutralidade é conivência: em alguns contextos, evitar escalada pode proteger civis.
  • Acusar automaticamente a paciência ou a diplomacia de conivência simplifica dilemas complexos e pode ignorar estratégias legítimas.

Equivalentes

  • inglês
    Silence is consent; passive peace can amount to complicity with predators.
  • espanhol
    Callar es consentir; el pacifismo pasivo puede ser cómplice de los lobos.
  • francês
    Le pacifisme passif peut devenir complice des loups; le silence vaut consentement.