
Conselho de prudência social: evitar envolver-se em assuntos alheios, não comentar o que se vê ou ouve para viver em paz e sem conflitos.
Versão neutra
Para viver bem, ver, ouvir e ficar calado.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Usa-se para aconselhar discrição em situações pessoais ou sociais onde intervir pode causar mais mal do que bem — por exemplo, em fofocas, discussões familiares ou conflitos de trabalho. Avalie sempre o contexto. - Significa que nunca devo falar?
Não. É um conselho de prudência, não uma regra absoluta. Há situações — como denunciar crime, proteger alguém em risco ou defender direitos — em que falar é necessário e moralmente obrigatório. - É um provérbio aplicável hoje?
Sim, mantém relevância enquanto lembrete de prudência social. Contudo, num mundo interligado e com responsabilidade cívica, é importante equilibrar silêncio e intervenção responsável.
Notas de uso
- Usa-se para aconselhar discrição em situações potencialmente polémicas ou perigosas.
- Tem um registo neutro a informal; é comum em conversa coloquial e escrita de cariz cultural ou reflexivo.
- Não é uma recomendação absoluta: em contextos de injustiça, ilegalidade ou perigo, ficar calado pode ser imoral ou ilegal.
- Pode ser invocado como justificativa para omissão; convém avaliar consequências éticas e legais antes de aplicá-lo.
Exemplos
- O avô repetia sempre: 'Para boa vida levar, ver, ouvir e calar' — por isso raramente se metia em discussões da família.
- Quando surgiram rumores sobre a direção da empresa, ela adotou a máxima de ver, ouvir e calar para proteger a sua posição profissional.
- Num bairro pequeno onde tudo se sabe, muitos seguem a regra de ver, ouvir e calar para evitar conflitos desnecessários.
Variações Sinónimos
- Ver, ouvir e calar.
- Para bem viver, ver, ouvir e calar.
- Quem vê e ouve, cala para viver bem.
- Em boca fechada não entram moscas (sinónimo relacionado).
- Quem cala consente (relacionado, mas com nuance diferente).
Relacionados
- Em boca fechada não entram moscas.
- Quem cala consente.
- Olhos que não veem, coração que não sente.
Contrapontos
- Falar pode ser necessário para denunciar injustiças, maus-tratos ou condutas ilegais; o silêncio nem sempre é virtuoso.
- A participação cívica e a transparência requerem comunicação; a máxima não se aplica quando o segredo protege prejuízo público.
- Num ambiente de confiança, o diálogo aberto é preferível à omissão perpétua.
Equivalentes
- inglês
See no evil, hear no evil, speak no evil (parcialmente equivalente). - espanhol
Ver, oír y callar (variante usada em castelhano). - francês
Voir, entendre et se taire (tradução direta usada como equivalente). - inglês
Silence is golden (expressa valor do silêncio, não idêntico mas relacionado).