Para o ladrão se criou o xadrez, para o assassino a forca se fez.
Afirma que a cada crime corresponde uma punição específica — ideia de justiça retributiva e proporcionalidade das penas.
Versão neutra
Há punições diferentes consoante o crime: o ladrão tem prisão, o assassino tem uma pena mais grave.
Faqs
- O que significa 'xadrez' neste provérbio?
'Xadrez' é um termo antigo que pode referir-se a prisão ou cárcere, não ao jogo de tabuleiro. Era usado em linguagem popular para indicar detenção. - Este provérbio defende a pena de morte?
O provérbio refere-se historicamente à existência de penas distintas (incluindo a forca), mas a sua citação não equivale a uma defesa normativa da pena de morte. Hoje é interpretado frequentemente como comentário sobre consequências legais. - É apropriado usar este provérbio em contexto moderno?
Pode ser usado para enfatizar que crimes têm consequências, mas convém estar atento ao tom e à referência a penas históricas que podem ser ofensivas ou desatualizadas.
Notas de uso
- Léxico arcaico: 'xadrez' pode referir-se a prisão ou cárcere, não ao jogo.
- Registo: popular e algo arcaico; usado para insistir na existência de penas para crimes.
- Contexto histórico: menciona 'forca', uma pena capital hoje abolida na maioria dos países, pelo que a frase pode soar desatualizada ou insensível.
- Uso contemporâneo: servido mais como observação sobre consequências do crime do que como recomendação de penas específicas.
Exemplos
- Quando discutiam medidas de segurança no bairro, o vizinho concluiu: 'Para o ladrão se criou o xadrez, para o assassino a forca se fez', querendo dizer que há consequências legais para cada crime.
- Numa conversa sobre reformas penais, alguém citou o provérbio para criticar a ideia de penas brandas: 'Para o ladrão se criou o xadrez...' — embora tenha sido lembrado que a forca é uma pena histórica e controversa.
Variações Sinónimos
- Cada crime tem a sua pena.
- Para o ladrão há prisão; para o assassino há pena maior.
- A cada delito corresponde o castigo.
Relacionados
- Olho por olho, dente por dente (máxima de retaliação)
- Quem rouba um ovo, rouba um boi (sobre escalada do crime)
- A justiça tarda, mas não falha (sobre a aplicação de penas)
Contrapontos
- A justiça contemporânea privilegia, em muitos sistemas, a reabilitação e a proporcionalidade, não apenas a punição severa.
- Penas capital e castigos corporais são hoje amplamente contestados por razões éticas e de direitos humanos.
- Aplicar uma máxima retributiva sem considerar provas, contexto e processo legal pode conduzir a injustiças.
Equivalentes
- inglês
For the thief the jail was made, for the murderer the gallows — there is a punishment for every crime. - espanhol
Para el ladrón se creó la cárcel, para el asesino la horca. - francês
Pour le voleur on a fait la prison, pour l'assassin le gibet.