Para o mau violeiro não há viola que preste

Para o mau violeiro não há viola que preste.

A incompetência do executor é a causa real do mau resultado, não o instrumento; alguém incapaz tende a culpar as ferramentas.

Versão neutra

Um mau executante não melhora com bom instrumento; a qualidade do resultado depende da habilidade.

Quando devo usar este provérbio?
Use-o para salientar que a principal causa de um resultado insatisfatório é a falta de habilidade, esforço ou planeamento, não apenas as ferramentas ou circunstâncias.
É ofensivo dizer isto a alguém?
Pode ser ofensivo se dito directamente, porque implica incompetência. É mais adequado usá‑lo em comentário crítico sobre a situação do que como ataque pessoal.
Significa que as ferramentas não importam?
Não exactamente. O provérbio critica a tendência de atribuir toda a responsabilidade às ferramentas; admite‑se que meios adequados ajudam, mas a competência é determinante.
Há contextos em que a expressão não se aplica?
Sim — em casos de falta real de recursos ou quando a técnica exige equipamento específico e caro, a culpa não é apenas do executante.

Usa-se para criticar quem atribui a culpa do fracasso a meios ou circunstâncias, em vez de reconhecer falta de habilidade ou esforço.
Tem tom corretivo ou depreciativo; pode ferir alguém se dito directamente a uma pessoa sem atenuantes.
Aplica-se em contextos técnicos, artísticos e profissionais, sempre que o problema deriva sobretudo de falta de competência.
Não implica que ferramentas e condições não importem; refere-se ao hábito de culpar exclusivamente o instrumento.

O pianista falhou na peça e justificou-se pela acústica; como diz o provérbio, para o mau violeiro não há viola que preste — ele precisa de prática.
Quando o projeto empresarial falhou, a equipa não devia só apontar o software; para o mau violeiro não há viola que preste, havia falhas de planeamento e competência.
Na oficina, o patrão lembrou que comprar ferramentas melhores não resolverá tudo se os operários não tiverem formação adequada.

A culpa não é do cão, é de quem lhe deu de comer (sobre responsabilidade de quem age).
O bom cavalo não faz bom cavaleiro (variação sobre habilidade vs. meio).

Em profissões técnicas, o equipamento adequado pode ser determinante — a boa ferramenta pode melhorar muito o resultado.
Condições muito adversas ou falta de recursos também podem justificar queixas sobre instrumentos ou meios.

English
A bad workman blames his tools.
Spanish
Al mal obrero le faltan buenas herramientas (variante popular: 'mal carpintero se queja de sus herramientas').
French
C'est le mauvais ouvrier qui se plaint de ses outils.
German
Ein schlechter Handwerker beschuldigt sein Werkzeug.