Pau para toda obra, mestre de ninguém.
Provérbios Americanos
Designa uma pessoa capaz de desempenhar muitas tarefas diferentes, mas sem especialização profunda em nenhuma.
Versão neutra
Pessoa versátil em muitas tarefas, mas sem especialização em nenhuma delas.
Faqs
- O provérbio é ofensivo?
Depende do contexto: pode ser usado de forma descritiva ou elogiosa, mas frequentemente tem conotação crítica ao sugerir falta de profundidade. Em situações profissionais formais, pode ser interpretado negativamente. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Em conversas informais sobre competências, organização de trabalho ou ao discutir a diferença entre versatilidade e especialização. Evite‑o em avaliações formais sem clarificar a intenção. - Tem origem histórica conhecida?
Não há uma origem documentada clara. É uma expressão popular consolidada no uso oral do português, com equivalentes em várias línguas. - É o mesmo que 'faz de tudo e nada faz'?
Não exactamente. 'Pau para toda obra, mestre de ninguém' sublinha múltiplas capacidades mas pouca especialização; 'faz de tudo e nada faz' sugere incompetência ou falta de produtividade.
Notas de uso
- Registo informal; usado tanto de forma crítica como irónica.
- Pode ser elogio (valorizando versatilidade) ou censura (sublinhar falta de especialização) conforme o contexto e o tom.
- Evitar em contextos profissionais formais se o objetivo for reconhecer competência técnica — pode ser percebido como diminutivo.
- Usado em conversas sobre perfil de trabalho, papéis em equipas e expectativas de formação.
Exemplos
- Na pequena empresa, o João era pau para toda obra: fazia compras, reparava equipamentos e atendia clientes, mas não era especialista em nenhuma área.
- Reconheço que ter alguém pau para toda obra é útil numa emergência, mas para projectos complexos convém chamar um especialista.
Variações Sinónimos
- Pau para toda a obra
- Faz de tudo, mestre de nada
- Homem (ou mulher) para tudo
- Generalista e não especialista
Relacionados
- Quem muito abrange, pouco aperta (mais abrangente, menos profundo).
- Jack of all trades, master of none (equivalente inglês).
Contrapontos
- Mais vale um especialista do que um generalista para tarefas complexas.
- Devemos preferir quem domina uma área quando a precisão e a profundidade são necessárias.
Equivalentes
- Inglês
Jack of all trades, master of none. - Espanhol
Barbero de todos, maestro de ninguno (variações regionais). - Francês
Touche-à-tout, maître de rien. - Alemão
Alleskönner, aber nichts wirklich meisterhaft.