Pedro, nem tê‑lo, nem vê‑lo, nem querê‑lo…

Pedro, nem tê-lo, nem vê-lo, nem querê-lo, nem  ... Pedro, nem tê-lo, nem vê-lo, nem querê-lo, nem à porta de casa consegui-lo ... mas sempre é bom na casa havê-lo.

Expressa ambivalência: alguém que se afirma não querer nem aceitar, mas cuja presença acaba por ser considerada útil ou necessária.

Versão neutra

Nem o ter, nem o ver, nem o querer por perto, nem o conseguir fora de casa… mas é sempre bom tê‑lo lá dentro.

Faqs

  • Qual é o sentido deste provérbio?
    Indica uma atitude contraditória: embora alguém seja rejeitado verbalmente, a sua presença ou ajuda é considerada útil ou necessária.
  • Posso usar o provérbio com qualquer nome?
    Sim. O nome próprio funciona como exemplificação e pode ser substituído ou omitido para tornar a frase mais genérica.
  • É uma expressão ofensiva?
    Depende do contexto e do tom. Pode ser usada de forma jocosa ou irónica, mas também servir de crítica ou insulto se empregue com intenção depreciativa.
  • Tem origem histórica conhecida?
    Não há origem claramente documentada para esta fórmula específica; parece pertencer à tradição oral coloquial e regional.

Notas de uso

  • Frase usada de forma irónica ou jocosa para descrever relações complicadas com uma pessoa.
  • Serve para sublinhar contradição entre rejeição verbal e aceitação prática.
  • Costuma empregar‑se em contextos familiares, informais ou coloquiais; menos apropriada em registos formais.
  • O nome próprio (Pedro) funciona como exemplo genérico — pode ser substituído por outro nome ou omitido.

Exemplos

  • Apesar de as discussões, a família continua a repetir: «Pedro, nem tê‑lo, nem vê‑lo… mas sempre é bom na casa havê‑lo», porque ele arruma a papelada e paga as contas.
  • No escritório, comentaram sobre o colega difícil: «Nem o queremos por perto, nem o vemos com saudade — e, no entanto, há dias em que é bom que lá esteja.»

Variações Sinónimos

  • Nem tê‑lo, nem vê‑lo, nem querê‑lo
  • Nem vê‑lo nem querê‑lo, mas é útil tê‑lo
  • Não o queremos ver, mas precisamos dele
  • Nem contigo nem sem ti (expressão relacionada de ambivalência)

Relacionados

  • Nem veja, nem queira (formas abreviadas)
  • Nem contigo nem sem ti (expressa ambivalência em relações)
  • Quem não é visto não é lembrado (relacionado à presença necessária)

Contrapontos

  • Uso literal: quando se recusa objectivamente a presença de alguém (não há contradição).
  • Quando a expressão é usada como ataque pessoal pode ser ofensiva — cuidado com o tom e o contexto.
  • Em contextos profissionais, a ambivalência nominal pode indicar dependência indevida de uma pessoa — deve avaliar‑se o mérito objectivo.

Equivalentes

  • inglês
    You can't live with him, you can't live without him.
  • espanhol
    Ni contigo ni sin ti (uso aproximado para ambivalência).
  • francês
    On ne peut ni vivre avec lui ni sans lui (equivalente aproximado).