Pena que não se vê, não se sente.

Pena que não se vê, não se sente.
 ... Pena que não se vê, não se sente.

Lamenta-se que, quando algo não é visível ou notado, deixa de despertar preocupação ou empatia nas pessoas.

Versão neutra

É lamentável que aquilo que não se vê deixe de merecer atenção ou compaixão.

Faqs

  • Qual é a ideia central deste provérbio?
    Que as pessoas tendem a não se preocupar ou a esquecer problemas e sofrimentos que não lhes são visíveis.
  • Este provérbio tem uso literal ou figurado?
    Maioritariamente figurado: refere‑se a falta de atenção ou empatia perante questões invisíveis. Pode ter uso literal quando se fala de algo realmente oculto.
  • Quando devo evitar usar este provérbio?
    Evite‑o em situações em que possa minimizar dores reais ou quando for necessário reconhecer responsabilidade, porque pode soar a justificação para a inação.

Notas de uso

  • Usa-se para criticar a indiferença perante sofrimento ou problemas que permanecem ocultos.
  • Pode ser dito de forma irónica quando algo relevante é ignorado por falta de visibilidade.
  • Aplica-se tanto a situações individuais (doença, abuso) como colectivas (pobreza, danos ambientais).
  • Registo: coloquial, crítico; adequado em comentários sociais, jornalísticos ou conversas informais.

Exemplos

  • Muitos moradores em situação de sem‑abrigo só recebem ajuda quando a sua presença se torna visível; pena que não se vê, não se sente.
  • As microplásticos no oceano são um perigo invisível: frequentemente só recebem intervenção quando os problemas se tornam evidentes — pena que não se vê, não se sente.
  • Quando o abuso é silencioso dentro de casa, vizinhos e colegas não reparam — pena que não se vê, não se sente.
  • As tragédias longe do nosso dia‑a‑dia tendem a ser esquecidas; lamentamos noutras alturas, mas aqui aplica‑se o velho ditado: pena que não se vê, não se sente.

Variações Sinónimos

  • O que os olhos não veem, o coração não sente.
  • Longe dos olhos, longe do coração.
  • O que é invisível tende a ser ignorado.

Relacionados

  • O que os olhos não veem, o coração não sente.
  • Longe dos olhos, longe do coração.
  • Quem não vê, não crê.

Contrapontos

  • A invisibilidade não elimina a responsabilidade: o facto de não se ver algo não isenta de agir.
  • Aumentar a visibilidade (reportagem, dados, testemunhos) pode mudar perceções e mobilizar ajuda.
  • Nem sempre a ausência de sentimento implica indiferença; às vezes a falta de conhecimento explica a inação.

Equivalentes

  • Inglês
    Out of sight, out of mind.
  • Espanhol
    Ojos que no ven, corazón que no siente.
  • Francês
    Loin des yeux, loin du cœur.
  • Alemão
    Aus den Augen, aus dem Sinn.