Pior o remédio que a doença

Pior o remédio que a doença.

Designa uma situação em que a solução ou tratamento agrava mais o problema do que o próprio problema inicial.

Versão neutra

O remédio é pior do que a doença.

Quando devo usar este provérbio?
Use-o para criticar soluções ou medidas que parecem causar mais prejuízo que o problema que pretendem resolver, ou para advertir sobre intervenções desproporcionadas.
O provérbio aconselha a não agir?
Não necessariamente. Advoga prudência e avaliação dos riscos — às vezes a melhor decisão é agir, outras vezes é procurar alternativas menos prejudiciais.
É adequado em contexto médico?
Pode ser usado para salientar riscos de tratamentos desnecessários ou de efeitos secundários, mas não substitui conselho médico profissional.
Qual é a sua origem histórica?
Trata-se de sabedoria popular com paralelos em várias línguas e em latim; não há autor ou data concretos atribuídos ao provérbio.

Uso figurado para criticar soluções desproporcionadas, medidas que causam mais prejuízo que o problema que visam corrigir ou remédios com efeitos secundários piores.
Tom geralmente cauteloso ou crítico; pode aconselhar prudência antes de agir.
Não é uma recomendação absoluta de inação — serve sobretudo como aviso para avaliar riscos e consequências.
Registo: coloquial e corrente; adequado em conversas informais, comentários jornalísticos e textos de opinião.

O novo regulamento criou tanta burocracia que o resultado foi pior o remédio que a doença: as empresas perderam tempo e dinheiro sem reduzir os problemas que existiam.
Administrar mais antibiótico sem diagnóstico correcto pode ser pior o remédio que a doença, porque aumenta o risco de resistência microbiana e de efeitos secundários.
Ao tentar resolver o conflito com uma imposição súbita, o chefe tornou a situação mais tensa — às vezes o remédio é pior do que a doença.
No software, aplicar um 'patch' mal testado pode quebrar funcionalidades essenciais: pior o remédio que a doença.

Mais vale prevenir do que remediar — defende acção antecipada e prevenção em vez de passividade.
Quem não arrisca não petisca — valoriza a iniciativa mesmo com possíveis custos.
Às vezes é necessário intervir apesar dos riscos; o provérbio não invalida toda ação, apenas aconselha avaliação cuidadosa.