Por falta de um soldado, não se deixa a guerra
Não se abandona uma causa ou esforço por uma única ausência ou pequena perda; manter a luta apesar de falhas pontuais.
Versão neutra
Não se abandona a guerra por faltar um soldado.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado quando se quer sublinhar que um revés pontual não justifica a desistência de um esforço colectivo ou projecto; funciona como incentivo à resiliência. - Serve sempre como argumento para continuar?
Não. Deve avaliar‑se a gravidade da falta: se compromete a segurança, a viabilidade ou revela problemas sistémicos, pode ser preferível ajustar ou parar temporariamente. - Tem origem militar?
O provérbio tem linguagem militar, mas a origem exacta não é conhecida; usa a imagem da guerra para transmitir a ideia de continuidade perante perdas.
Notas de uso
- Usa‑se para encorajar perseverança e evitar desistências motivadas por contratempos isolados.
- É adequado em contextos colectivos (projectos, campanhas, equipas) para realçar que um elemento em falta não justifica o fim da iniciativa.
- Não deve ser usado para justificar ignorar problemas estruturais ou riscos reais que exijam cessar temporário ou redefinição de estratégias.
- Funciona bem como conselho motivacional, mas convém avaliar se a falta é realmente marginal ou se põe em causa a segurança ou a viabilidade.
Exemplos
- A equipa técnica perdeu um elemento essencial, mas o director disse: «Por falta de um soldado, não se deixa a guerra» e reorganizaram as tarefas para cumprir os prazos.
- Quando o voluntariado caiu de dez para nove pessoas, propuseram continuar com menos gente: não vamos abandonar a feira por falta de um soldado.
- Num debate interno, um membro quis encerrar o projecto por um fracasso pontual — os colegas lembraram‑lhe o provérbio e insistiram em corrigir os erros em vez de desistir.
Variações Sinónimos
- Não se abandona a luta por falta de um homem
- Não se desiste da guerra por perder um soldado
- Não se larga a causa por uma pequena perda
Relacionados
- Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura
- Quem não arrisca, não petisca
- Quem não tem cão, caça com gato
Contrapontos
- Se a ausência revela um problema estrutural (falta de pessoal crónica, falhas de liderança), pode ser mais sensato reavaliar do que insistir.
- Quando a segurança ou a legalidade estão em causa, não se deve prosseguir apenas por insistência; parar pode ser obrigatório.
- Persistir a qualquer custo pode gerar desperdício de recursos; é preciso ponderar benefícios, custos e alternativas antes de aplicar o provérbio.
Equivalentes
- Inglês
Don't abandon the battle because of the loss of one soldier (Don't give up the fight over a single loss). - Espanhol
Por falta de un soldado no se deja la guerra. - Francês
On n'abandonne pas la guerre pour l'absence d'un soldat.