Por vil seja tido quem a isso der mau sentido.
Condena quem interpreta algo com má-fé; considera desprezível atribuir um sentido malicioso a palavras ou actos alheios.
Versão neutra
Deve ser tido por vil quem lhe atribuir um mau sentido.
Faqs
- O que significa este provérbio, em linguagem simples?
Significa que é condenável interpretar as palavras ou actos de alguém de forma maliciosa; quem o faz deve ser visto com desprezo moral. - Quando é apropriado usar esta frase?
Quando se quer censurar uma interpretação intencionalmente maliciosa de algo dito ou feito. É mais apropriada em contextos formais, literários ou morais do que em conversas informais. - É ofensivo chamar alguém de 'vil' por interpretar algo maliciosamente?
Trata‑se de uma censura moral forte. Em muitos contextos pode ser considerado insultuoso; convém avaliar a situação e preferir linguagem menos acusatória se o objetivo for dialogar. - Existe uma versão moderna recomendada?
Sim. Por exemplo: 'Quem interpreta algo com má‑fé é desprezível' ou 'Não se deve atribuir más intenções sem fundamento.'
Notas de uso
- Frase de registo arcaico; estrutura e vocabulário antigos (por vil seja tido).
- Usa-se para censurar a má interpretação intencional de palavras ou acções.
- Aplica-se em contextos morais, sociais e jurídicos para defender a boa-fé e reprovar a malícia.
- Hoje pode soar formal ou literário; em linguagem corrente prefere‑se uma formulação moderna.
Exemplos
- Quando alguém distorceu as minhas palavras para me atacar, respondi: 'por vil seja tido quem a isso der mau sentido' — não admito calúnia.
- Numa reunião, sugeriu‑se que a crítica era construtiva; quem a interpretou maliciosamente foi censurado com a ideia de que tal atitude é vil.
- Ao ouvir rumores sobre a sua integridade, ele lembrou aos presentes que quem inventa intenções negativas será tido por vil.
Variações Sinónimos
- Quem lhe dá mau sentido é vil.
- Quem interpreta com má‑fé é desprezível.
- Não se deve atribuir malícia gratuitamente.
- Atribuir um sentido malicioso é conduta vil.
Relacionados
- Quem mal pensa, mal lhe parece.
- Não faças ao outro o que não queres para ti.
- A boa‑fé é princípio nas relações humanas.
Contrapontos
- Nem toda suspeita de má‑fé é injusta: em contextos de abuso ou fraude, interpretar actos suspeitos como maliciosos pode ser necessário para proteger terceiros.
- A intenção pode ser difícil de provar; acusar alguém sem provas também pode ser injusto.
- Os juízos morais dependem do contexto: considerar alguém 'vil' por interpretar algo maliciosamente é uma resposta ética, não um mandamento jurídico universal.
Equivalentes
- Inglês
He should be deemed vile who gives it a bad meaning. - Inglês (moderno)
Whoever interprets it with ill intent should be considered contemptible. - Espanhol
Sea tenido por vil quien a eso le dé mal sentido. - Francês
Qu'on tienne pour vil celui qui en donne un mauvais sens. - Alemão
Als verachtenswert soll gelten, wer dem Ganzen eine böse Bedeutung beimisst.