Poupanças de farelo, estragos de farinha

Poupanças de farelo, estragos de farinha.
 ... Poupanças de farelo, estragos de farinha.

Poupar em coisas de pouco valor (ou em materiais de má qualidade) pode provocar prejuízos maiores no produto final ou no funcionamento geral.

Versão neutra

Poupar em itens de pouca importância ou de má qualidade pode causar danos ou custos maiores posteriormente.

Faqs

  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    É apropriado quando se quer advertir que uma economia imediata e pequena pode causar maiores despesas ou problemas no futuro, por exemplo, ao escolher materiais de má qualidade ou fornecedores demasiado baratos.
  • O provérbio é ofensivo?
    Normalmente não; trata‑se de uma expressão de carácter prático. Contudo, pode ser interpretado como crítica a decisões alheias, pelo que convém usá‑lo com tato numa conversa sensível.
  • Tem uma origem histórica conhecida?
    Não há registo de autor ou data precisa; provém da sabedoria popular rural portuguesa, usando a imagem do farelo e da farinha para ilustrar prejuízo na produção.

Notas de uso

  • Usa‑se para criticar decisões que privilegiam uma economia imediata e pequena à custa de maiores despesas futuras.
  • Registo: coloquial e proverbial; adequado em conversas, conselhos práticos e textos opinativos.
  • Pode ser usado tanto em contextos económicos (compras, manutenção) como em situações mais gerais (recursos humanos, qualidade de trabalho).
  • Evitar usar para desvalorizar contextos onde a contenção de custos é necessária e planeada; o provérbio generaliza a relação preço‑qualidade.

Exemplos

  • Contratámos o carpinteiro mais barato e agora temos de substituir portas e janelas: poupanças de farelo, estragos de farinha.
  • Ao comprar material elétrico de pouca qualidade para poupar, arriscou‑se a ter avarias caras; às vezes o barato sai caro.
  • Na manutenção da fábrica, cortar nos insumos e na formação levou a paragens mais frequentes e reparações onerosas.

Variações Sinónimos

  • Poupanças de pouco, danos de muito
  • Poupar no barato sai caro
  • Quem compra barato compra duas vezes
  • Poupanças de palha, prejuízos de cereal

Relacionados

  • O barato sai caro
  • Quem compra barato compra duas vezes
  • Mais vale prevenir do que remediar
  • Não olhes a espingarda ao caçador

Contrapontos

  • Nem sempre poupar é prejudicial: compras económicas bem informadas, inovação ou eficiência podem reduzir custos sem perda de qualidade.
  • Em situações de escassez de recursos, pequenas poupanças podem ser necessárias e aceitáveis temporariamente.
  • A relação preço‑qualidade não é absoluta; é preciso avaliar o custo total de posse e o risco antes de generalizar o provérbio.

Equivalentes

  • Inglês
    Penny wise, pound foolish
  • Espanhol
    Lo barato sale caro
  • Francês
    Économiser sur le petit, perdre sur le grand (ou «Le pas cher coûte cher»)