Sovina no farelo e pródigo na farinha.
Descreve quem é mesquinho com pequenas coisas e generoso ou desperdiçador com as mais valiosas.
Versão neutra
Mesquinho com o pouco e pródigo com o muito.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que alguém é avaro com pequenas despesas ou coisas de pouco valor, mas gasta desmesuradamente ou com ostentação nas coisas mais importantes ou caras. - Quando se usa este provérbio?
Usa-se para criticar pessoas, empresas ou decisões que mostram incoerência nas prioridades de poupança e gasto; é comum em conversas informais e comentários críticos. - É ofensivo chamar alguém assim?
Pode ter tom crítico ou irónico; depende do contexto e da relação entre interlocutores. Em linguagem neutra, descreve um comportamento, mas pode ser percebido como julgamento pessoal. - Tem origem histórica conhecida?
Não há autoria conhecida; é um provérbio popular de raiz rural que contrapõe itens de diferente valor (farelo versus farinha) para ilustrar a contradição.
Notas de uso
- Empregado para criticar incoerência nos comportamentos de poupança e gasto.
- Registo: informal; tom frequentemente crítico ou irónico.
- Usa-se tanto em contextos pessoais (família, finanças individuais) como profissionais (gestão de recursos).
- Exprime juízo de valor sobre prioridades e coerência económica de alguém.
Exemplos
- Ele recusa comprar torradeiras baratas para a cozinha comum, mas não hesita em pagar jantares caros para os amigos — uma verdadeira pessoa sovina no farelo e pródiga na farinha.
- A empresa corta nos gastos com material de escritório essencial, mas gasta milhões em uma cerimónia publicitária; é o exemplo clássico de ser sovina no farelo e pródigo na farinha.
Variações Sinónimos
- Mesquinho com as miudezas e generoso com o luxo.
- Poupador nas pequenas coisas, esbanjador nas grandes.
- Sovina com as migalhas e pródigo com o pão.
Relacionados
- Contradição entre poupar e gastar consoante a ocasião
- Crítica à má prioridade de despesas
- Comportamentos de avareza seletiva
Contrapontos
- Poupança consistente em pequenas despesas tende a construir reservas reais; o oposto de ser ‘sovina no farelo’.
- Gestão económica equilibrada busca coerência entre poupanças e investimentos, evitando tanto a avareza como o desperdício.
- Há situações em que poupar em pequenas coisas e gastar em grandes investimentos é racional — nem sempre é incoerência.
Equivalentes
- inglês
Penny wise and pound foolish. - espanhol
Tacaño con lo pequeño y derrochador con lo grande (o: ahorrar en lo insignificante y gastar en lo esencial). - francês
Économe sur les vétilles et prodigue sur l'essentiel. - alemão
Sparsam bei Kleinigkeiten, verschwenderisch bei Wichtigem.