Quando a mulher‑dama canta, o boticário joga... (provérbio)

Quando a mulher-dama canta, o boticário joga e o  ... Quando a mulher-dama canta, o boticário joga e o escrivão pergunta a quantos estamos do mês, o negócio vai ruim para eles três.

Quando os responsáveis se distraem ou desleixam das funções (festas, jogos, desconhecimento das contas), é sinal de que o negócio ou trabalho vai mal para todos os envolvidos.

Versão neutra

Quando as pessoas responsáveis se distraem e não cumprem as suas funções, o negócio corre mal para todos os envolvidos.

Faqs

  • O que significa 'a quantos estamos do mês'?
    'A quantos estamos do mês' significa perguntar que dia do mês é — aqui sugere desconhecimento das datas, registos ou prazos importantes.
  • A expressão refere‑se literalmente a uma mulher, um boticário e um escrivão?
    Não necessariamente. Usa ofícios concretos para ilustrar papéis sociais: a frase representa pessoas em diferentes funções que, ao se desleixarem, comprometem o negócio.
  • É um provérbio usado hoje em dia?
    É pouco comum e algo arcaico; ainda pode aparecer em textos literários ou como comentário enfático sobre negligência na gestão.

Notas de uso

  • Frase de carácter advertivo: indica negligência profissional e as consequências negativas para quem participa.
  • Termos arcaicos: 'mulher-dama' (senhora, mulher distinta), 'boticário' (farmacêutico/apotecário) e 'escrivão' (escriba, funcionário responsável por registos).
  • Usa-se especialmente para comentar empresas, oficinas ou órgãos em que funções essenciais são negligenciadas.
  • Tom geralmente crítico; pode empregar-se de modo metafórico fora do contexto comercial.

Exemplos

  • Na pequena oficina, o dono passou o mês em festas e os assistentes entretinham‑se; como se costuma dizer, quando a mulher‑dama canta... o negócio acabou por sofrer.
  • Vimos a contabilidade atrasada e o armazém desordenado — aplicámos o provérbio: quando a mulher‑dama canta, o boticário joga e o escrivão pergunta a quantos estamos do mês.

Variações Sinónimos

  • Quando os responsáveis se distraem, tudo corre mal.
  • Se quem manda não vigia, o trabalho entra em desordem.

Relacionados

  • Expressões sobre negligência: 'o batalhão sem guia'
  • Papéis sociais e ofícios tradicionais: boticário, escrivão
  • Provérbios que apontam desordem por falta de autoridade

Contrapontos

  • Quem trabalha com ordem, colhe lucro.
  • Boa gestão e vigilância evitam prejuízos.

Equivalentes

  • inglês
    When the cat's away, the mice will play.
  • espanhol
    Cuando el gato no está, los ratones bailan.
  • francês
    Quand le chat n'est pas là, les souris dansent.

Provérbios