Quando há sede, não é tacha dar um beijo na borracha
Quando há sede, não é tacha dar um beijo na borracha.
Quando a necessidade é grande, as pessoas deixam de ser exigentes e aceitam soluções ou comportamentos pouco desejáveis.
Versão neutra
Quando há grande necessidade, não se recusa algo apenas por ser pouco elegante ou ideal.
Faqs
O que significa 'tacha' neste provérbio? 'Tacha' refere-se a uma tachinha ou prego pequeno; aqui é usada de forma figurada para dizer que não se deve estranhar ou condenar algo que, em tempos normais, seria considerado pequeno ou desprezível.
O que quer dizer 'beijo na borracha'? É uma imagem coloquial. 'Borracha' pode remeter a objetos de borracha (ou, em linguagem popular, a um preservativo); no contexto do provérbio funciona como metáfora para algo pouco desejável ou improvável de ser feito em condições normais.
Posso usar este provérbio em contextos formais? Não é recomendado. Trata‑se de linguagem popular e potencialmente sugestiva; em contextos formais ou profissionais é preferível alternativas neutras como 'quem tem fome não escolhe'.
Notas de uso
Expressão coloquial e de tom popular; usada para justificar escolhas feitas por necessidade.
Pode ter conotação jocosa, depreciativa ou até de desaprovação, conforme o contexto e o tom.
Evitar uso em contextos formais ou sensíveis, pois contém linguagem familiar e uma imagem potencialmente de teor sexual/metafórico.
Exemplos
Ficámos sem luz e sem alternativas, por isso comemos o que havia — quando há sede, não é tacha dar um beijo na borracha.
Depois de meses sem trabalho, aceitou um contrato mal pago; compreendeu-se: quando há sede, não é tacha dar um beijo na borracha.
Variações Sinónimos
Quem tem fome não escolhe o que come
A necessidade não tem lei
Quem tem pressa não escolhe caminho
Relacionados
A falta de pão, boas são tortas (variante popular)
Quem não tem cão, caça com gato (aceitar o que se tem)
Contrapontos
Não justifica situações de exploração ou perda de dignidade: necessidade não legitima abuso.
Nem sempre a necessidade obriga a aceitar o inaceitável; procurar alternativas deve ser prioridade.