Quando o lobo vai por seu pé, não come o que quer

Quando o lobo vai por seu pé, não come o que que ... Quando o lobo vai por seu pé, não come o que quer.

Indica que quem está em situação de necessidade, dependência ou desvantagem não pode ser exigente; tem de aceitar o que há.

Versão neutra

Quando se está em necessidade ou dependência, não se pode ser exigente quanto ao que se obtém.

Faqs

  • O que significa exatamente este provérbio?
    Significa que, quando alguém está em desvantagem, dependente de outros ou em privação, não pode ser exigente quanto às opções disponíveis.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    É apropriado em situações em que se aconselha realismo sobre expectativas — por exemplo, ao aceitar um trabalho temporário, um favor ou numa fase de escassez.
  • Tem origem conhecida?
    Não há origem documentada clara; trata‑se de um dito popular transmitido oralmente, pelo que a proveniência é incerta.
  • É um provérbio ofensivo ou sensível?
    Não; é um aviso prático sobre escolhas e recursos. Deve, contudo, usar‑se com cuidado para não parecer insensível perante quem passa por necessidade.

Notas de uso

  • Usa‑se para lembrar alguém de que, em circunstâncias limitadas, não se pode escolher livremente.
  • Tom geralmente advertivo ou instrutivo; adequado em conversas sobre recursos, favores ou hierarquias.
  • Registo popular e proverbial; evita‑se em contextos demasiado formais sem explicação.

Exemplos

  • Como vais passar o mês com pouco dinheiro, lembra‑te: quando o lobo vai por seu pé, não come o que quer — compra o essencial.
  • Ele recusou a ajuda porque queria condições perfeitas; expliquei‑lhe que quando se aceita um favor nem sempre se pode escolher tudo.

Variações Sinónimos

  • Quando o lobo anda sozinho, não escolhe a presa.
  • Quem procura abrigo não escolhe a casa.
  • Quem depende não pode ser exigente.

Relacionados

  • A cavalo dado não se olha o dente.
  • Quem tudo quer, tudo perde.
  • Faute de grives, on mange des merles (francês)

Contrapontos

  • Não se aplica quando a pessoa tem recursos suficientes e pode escolher livremente.
  • Também não se aplica a situações em que recusar é necessário por motivos de ética ou segurança.

Equivalentes

  • inglês
    Beggars can't be choosers.
  • francês
    Faute de grives, on mange des merles.
  • espanhol
    A falta de pan, buenas son tortas.