Quando vires a barba do teu vizinho a arder, põe a tua de molho.
Aconselha a tomar precauções ao observar problemas nos outros para evitar sofrer o mesmo.
Versão neutra
Quando vês um problema a ocorrer junto de outra pessoa, toma medidas preventivas para evitar que te aconteça o mesmo.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Usa-se para aconselhar alguém a tomar medidas preventivas ao identificar sinais de risco noutros casos semelhantes — por exemplo, em segurança doméstica, finanças pessoais ou no trabalho. - Será sempre sensato agir apenas porque aconteceu a um vizinho?
Não necessariamente. Convém avaliar a probabilidade e o custo da prevenção. Se o risco for real e as medidas forem proporcionais, faz sentido; caso contrário, pode ser excessivo. - Este provérbio incentiva a intromissão na vida alheia?
Não. A ideia central é a autoproteção baseada em observação. Intervir na vida dos outros só é justificado quando há obrigação moral ou legal para o fazer.
Notas de uso
- Usa-se para aconselhar prevenção e medidas prudentes perante sinais de risco.
- Geralmente aplicado em contextos práticos (segurança, finanças, saúde) e em conselhos informais.
- Não deve justificar intromissão indevida: refere-se a precaução pessoal, não à intervenção forçada na vida alheia.
- Tomar precaução pode implicar avaliar riscos e custos; nem sempre é necessário ou proporcional agir imediatamente.
Exemplos
- Ao ver que o prédio ao lado teve um incêndio por problemas eléctricos, verificámos as instalações do nosso prédio — quando vires a barba do teu vizinho a arder, põe a tua de molho.
- Na empresa, várias pessoas foram dispensadas após reestruturação; percebi que devia actualizar o currículo e reduzir despesas — é o caso de pôr a barba de molho.
Variações Sinónimos
- Se vês a barba do vizinho a arder, molha a tua
- Quando vês o perigo no vizinho, protege-te a ti primeiro
- Mais vale precaver do que remediar (sentido próximo)
Relacionados
- Mais vale prevenir do que remediar
- Quem não ouve conselho, ouve coitado
- Olho que não vê, coração que não sente (contraponto sobre ignorar riscos)
Contrapontos
- Intervir precipitadamente pode causar alarmismo ou despesas desnecessárias.
- Nem sempre os problemas alheios são previsores fiáveis para todos os casos; a mesma causa pode não existir na tua situação.
- Usado de forma abusiva, pode servir para justificar intromissão ou vigilância excessiva sobre outras pessoas.
Equivalentes
- Inglês
A stitch in time saves nine (equivalente no sentido de prevenir problemas antes que aumentem) - Espanhol
Cuando veas arder la barba de tu vecino, mójate la tuya (tradução literal e uso popular) - Francês
Quand tu vois la barbe de ton voisin prendre feu, mouille la tienne (tradução literal)