Quanto faz com a cabeça, desmancha com o rabo.

Quanto faz com a cabeça, desmancha com o rabo.
 ... Quanto faz com a cabeça, desmancha com o rabo.

Esforços ou trabalhos bem pensados são estragados por um acto final descuidado ou inconsequente.

Versão neutra

O que se faz com a cabeça, desfaz-se com o rabo.

Faqs

  • De onde vem este provérbio?
    A origem exacta não é documentada; usa-se linguagem de impacto com imagem animal (cabeça/ rabo) típica do falar popular rural para ilustrar a ideia de fazer e desfazer.
  • Quando devo usar este provérbio?
    Quando se quer criticar uma ação final que estraga um trabalho bem planeado, ou como advertência para não ser descuidado no acabamento de algo.
  • É ofensivo dizer isto a alguém?
    Depende do tom e do contexto. Pode ser interpretado como crítica directa e magoar; usado de forma neutra serve como comentário sobre a situação, não sobre o carácter.
  • Existe uma versão mais suave?
    Sim. Expressões como «acabaste por estragar» ou «não estragues no fim» transmitem a mesma ideia com menos tom censório.

Notas de uso

  • Provérbio de uso coloquial, comum em contextos familiares ou rurais para criticar quem estraga um trabalho no fim.
  • Emprega-se para assinalar incoerência entre uma preparação cuidada e uma execução final descuidada.
  • Pode ser usado tanto de forma crítica como preventiva (advertência para não estragar o que já está bem feito).
  • Tonalidade usualmente irónica ou censora; não é ofensivo por si, mas pode ferir se dirigido a alguém de modo acusatório.

Exemplos

  • O João passou horas a planear a apresentação, mas deixou tudo desorganizado no último minuto — quanto faz com a cabeça, desmancha com o rabo.
  • No restauro do móvel seguiram-se todos os passos, mas a última demão foi mal feita e estragou o trabalho: o caso típico de quanto se faz com a cabeça, desmancha com o rabo.

Variações Sinónimos

  • O que se faz com a cabeça, desfaz-se com a cauda.
  • Faz-se com a cabeça, desfaz-se com o rabo.
  • Começar bem e acabar mal.

Relacionados

  • Quem tudo quer, tudo perde.
  • Mais vale prevenir do que remediar.
  • Quem dá por pouco, fica com pouco.

Contrapontos

  • Bem começado está meio ganho. (valoriza um bom começo como garantia de sucesso)
  • Devagar se vai ao longe. (defende cuidado contínuo até ao fim)
  • Às vezes o fim justifica os meios. (visão oposta, que relativiza erros finais)

Equivalentes

  • inglês
    To snatch defeat from the jaws of victory. (estragar o sucesso no final)
  • espanhol
    Empezar bien y terminar mal. / Estropearlo al final.
  • francês
    Gâcher tout à la fin. (estragar tudo no fim)