Quem a cera quer abrandar, as unhas há de queimar

Quem a cera quer abrandar, as unhas há de queimar ... Quem a cera quer abrandar, as unhas há de queimar.

A advertência de que, ao tentar atenuar um problema por meios arriscados, se pode sofrer prejuízo; obter uma vantagem pode implicar sacrifício ou dano.

Versão neutra

Para suavizar a situação de algo, é provável que se sofra um prejuízo em outro lado.

Faqs

  • O que significa este provérbio, resumido em uma frase?
    Significa que, para suavizar ou resolver algo por vias arriscadas, é provável que se sofra algum dano ou perda.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se quer avisar sobre custos colaterais de uma solução rápida ou justificar um sacrifício necessário para atingir um objetivo.
  • O provérbio apoia sempre a ideia de aceitar prejuízos?
    Não necessariamente; aponta a inevitabilidade em alguns casos, mas não legitima automaticamente prejuízos desproporcionados ou injustos.

Notas de uso

  • Empregado como aviso contra soluções precipitadas ou métodos perigosos que causem danos colaterais.
  • Também pode justificar um sacrifício inevitável: aceitar um dano menor para alcançar um objetivo maior.
  • Usa-se em contextos pessoais, profissionais e políticos, quando há custo associado a resolver uma situação.

Exemplos

  • Se quiseres reduzir o prazo a todo o custo, vais ter de aceitar horas extra e pressão — quem a cera quer abrandar, as unhas há de queimar.
  • Na reestruturação da empresa, alguns postos terão de desaparecer; quem a cera quer abrandar, as unhas há de queimar — é um sacrifício difícil mas previsto.
  • Tentou contornar as regras para acelerar o processo, mas acabou por ter problemas legais; adverti-o que quem a cera quer abrandar, as unhas há de queimar.

Variações Sinónimos

  • Quem quer o benefício, tem de aceitar o prejuízo.
  • Para se amaciar a cera, as unhas também se queimam.
  • Para resolver isto assim, há que aceitar perdas.

Relacionados

  • Não se faz omeleta sem partir ovos.
  • Quem tudo quer, tudo perde.
  • Quem não arrisca, não petisca (contraponto sobre assumir risco).

Contrapontos

  • Nem todos os problemas exigem sacrifícios — muitas vezes um planeamento cuidadoso evita danos colaterais.
  • Há situações em que métodos mais criativos ou graduais resolvem sem 'queimar unhas'.
  • O provérbio pode ser usado para justificar decisões injustas; convém avaliar a proporcionalidade do prejuízo.

Equivalentes

  • English
    You can't make an omelette without breaking eggs.
  • English
    If you play with fire you'll get burned.
  • Spanish
    No se puede hacer una tortilla sin romper los huevos.
  • French
    On ne fait pas d'omelette sans casser des œufs.