Quem aceita, não escolhe.

Quem aceita, não escolhe.
 ... Quem aceita, não escolhe.

Aceitar uma oferta implica renunciar a escolher entre opções; quem aceita deve conformar‑se com o que lhe é dado.

Versão neutra

Ao aceitar uma proposta, assume‑se a oferta tal como é e deixa‑se de poder escolher entre alternativas.

Faqs

  • Em que contextos se usa este provérbio?
    Usa‑se sobretudo quando se quer salientar que, ao aceitar uma condição ou oferta disponível, se abdica de escolher entre alternativas — por exemplo, em empregos precários, ofertas únicas ou situações de emergência.
  • É um provérbio apropriado para situações delicadas?
    Pode ser insensível em contextos de vulnerabilidade ou coerção; convém evitar‑lo quando a aceitação resulta de falta de alternativas ou pressão.
  • Significa que nunca há escolha depois de aceitar?
    Não necessariamente. Muitas vezes refere perda prática de opções imediatas; noutras situações, aceitar pode ser uma escolha estratégica com efeitos reversíveis.

Notas de uso

  • Usa‑se para sublinhar que, perante uma proposta/condição imposta, a aceitação normalmente envolve abdicar de preferências.
  • Tom neutro ou pragmático; pode soar insensível se aplicado a situações vulneráveis (por exemplo, aceitação forçada).
  • Frequentemente usado em contextos económicos, laborais ou de negociação para justificar uma decisão de conformidade.
  • Não indica sempre impossibilidade absoluta de escolha — pode referir uma perda prática de margem de manobra.

Exemplos

  • O empregador só ofereceu um contrato temporário; quem aceita, não escolhe — quem precisa do emprego acaba por aceitar as condições.
  • Numa emergência, se aceitarem abrigo num centro de acolhimento, quem aceita, não escolhe o quarto nem os horários; escolheu a segurança imediata.
  • Quando alguém aceita um presente que não gostou, muitas vezes permanece calado: quem aceita, não escolhe.

Variações Sinónimos

  • Quem aceita, não pode escolher.
  • Aceitando, perde‑se a escolha.
  • Quem leva, não escolhe.

Relacionados

  • Quem não tem cão, caça com gato (fazer concessões quando falta escolha)
  • A cavalo dado não se olha o dente (aceitar com gratidão, sem examinar)
  • Quem tudo quer, tudo perde (relação com prioridades e renúncias)

Contrapontos

  • Nem sempre aceitar anula toda a escolha — por vezes aceitar é uma opção deliberada e informada.
  • Em mercados com concorrência, aceitar uma oferta não impede procurar alternativas melhores mais tarde.
  • Apelar à aceitação como justificação pode ocultar desigualdades de poder; a escolha pode ser condicionada, não inexistente.

Equivalentes

  • inglês
    Beggars can't be choosers.
  • espanhol
    El que acepta, no puede elegir (equivalente aproximado).
  • francês
    Qui accepte ne choisit pas (traduction littérale / équivalent approximatif).