Quem acha, guarda.
Expressa a ideia de que quem encontra algo tem o direito de o conservar; usado também figurativamente para ganhos fortuitos ou oportunidades aproveitadas.
Versão neutra
Quem encontra algo, fica com o que encontrou.
Faqs
- O provérbio significa que posso ficar com qualquer coisa que encontre?
Não necessariamente. O provérbio reflecte uma ideia popular, mas a legislação e normas éticas normalmente exigem que bens perdidos sejam entregues às autoridades ou devolvidos ao proprietário. - Quando é aceitável usar este provérbio?
É aceitável em conversas informais para comentar sobre circunstâncias de sorte ou ganhos inesperados; deve‑se evitar como justificação para reter bens claramente perdidos por outra pessoa. - Há riscos legais em ficar com um objecto perdido?
Sim. Em muitos países existem procedimentos para achados e manter objectos perdidos pode constituir ilícito — por isso convém informar a polícia, a autarquia ou procurar o dono.
Notas de uso
- Usado em registos informais e proverbiais para justificar ficar com algo encontrado ou um ganho inesperado.
- Pode empregar‑se de forma literal (objetos perdidos) ou figurada (vantagens, oportunidades).
- É culturalmente aceite em conversas coloquiais, mas não equivale a justificação legal.
- Tomar o provérbio ao pé da letra pode provocar conflitos morais e legais; convém avaliar o contexto.
Exemplos
- Quando a Ana encontrou uma carteira na rua, disse brincando ao irmão: “Quem acha, guarda”, mas entregou‑a à polícia.
- No trabalho, um bónus inesperado foi distribuído pelo chefe; alguns comentaram entre risos: “Quem acha, guarda”, referindo‑se à sorte do momento.
Variações Sinónimos
- Quem encontra, fica com.
- Achado não é roubado. (variante coloquial)
- Finders keepers. (equivalente informal em inglês)
Relacionados
- A ocasião faz o ladrão. (sobre oportunidades que levam a acções oportunistas)
- A sorte protege os audazes. (sobre ganhos fortuitos e iniciativa)
Contrapontos
- Posse de algo encontrado não implica automaticamente direito legal de propriedade; muitas jurisdições exigem entrega às autoridades ou ao dono aparente.
- Do ponto de vista ético, devolver um objecto perdido ao proprietário é geralmente considerado correcto.
- Usar o provérbio para justificar apropriação de bens alheios pode ser visto como imoral ou ilegal.
Equivalentes
- inglês
Finders keepers. - espanhol
El que halla, se lo queda.