Quem anda no mar, não faz do vento o que quer.

Quem anda no mar, não faz do vento o que quer.
 ... Quem anda no mar, não faz do vento o que quer.

Significa que, em certas situações, não podemos controlar forças ou circunstâncias externas e devemos adaptar-nos a elas.

Versão neutra

Quem navega no mar não pode controlar o vento.

Faqs

  • O que quer dizer este provérbio em poucas palavras?
    Quer dizer que há factores externos que não controlamos e que, em vez de lutar contra eles, é mais sensato adaptar-nos.
  • Quando é apropriado usá-lo?
    Quando alguém insiste em impor a sua vontade perante circunstâncias externas (clima, legislação, crises) para lembrar que é preciso ajustamento.
  • Implica que devemos ser passivos?
    Não necessariamente; sugere prudência e realismo—aceitar limites e procurar estratégias para mitigar ou contornar o problema.
  • É um provérbio típico de que género de discurso?
    Usa-se em conselhos práticos, discussões sobre gestão de risco e quando se pretende enfatizar limites do controlo humano.

Notas de uso

  • Metáfora marítima: o mar e o vento representam fatores externos e imprevisíveis que condicionam a ação humana.
  • Usa-se para aconselhar prudência, aceitação realista ou adaptação em vez de insistir em impor a vontade.
  • Tom neutro; pode ser dito tanto em contexto prático (trabalho, projecto) como em contexto pessoal (relações, saúde).
  • Não implica passividade absoluta: sugere reconhecer limites e procurar formas de contornar ou mitigar efeitos.

Exemplos

  • Quando a empresa teve de lidar com a nova legislação, o director lembrou aos colegas: 'Quem anda no mar, não faz do vento o que quer' — melhor é adaptar o plano.
  • A equipa de organização do festival teve de cancelar alguns concertos por causa da chuva. Como disse a coordenadora, 'quem anda no mar, não faz do vento o que quer' — o importante foi garantir a segurança.

Variações Sinónimos

  • Quem vai ao mar, não manda no vento.
  • Quem navega não manda no vento.
  • Não se manda no vento.

Relacionados

  • Quem não tem cão, caça com gato. (adaptar-se às circunstâncias)
  • Não adianta chorar sobre o leite derramado. (aceitar o que não se pode mudar)
  • Quem semeia ventos, colhe tempestades. (aviso sobre consequências de certas acções)

Contrapontos

  • Hoje existem meios para reduzir a imprevisibilidade (previsões meteorológicas, planeamento), pelo que nem tudo que parece fora de controlo o é totalmente.
  • O provérbio não exclui a iniciativa: em muitos casos é possível minimizar riscos, ajustar as velas e escolher rotas alternadas.
  • Em contextos técnicos ou científicos, trata-se mais de gestão de risco do que de aceitação passiva.

Equivalentes

  • Inglês
    You can't control the wind, but you can adjust the sails.
  • Espanhol
    El que va al mar no manda en el viento.
  • Francês
    On ne commande pas au vent.
  • Alemão
    Wer zur See fährt, macht den Wind nicht.