Quem castiga um, avisa cem.
Punir um indivíduo serve como aviso ou exemplo para muitos, funcionando como medida dissuasora.
Versão neutra
Punir um indivíduo serve de aviso aos outros.
Faqs
- Quando se usa este provérbio?
Usa‑se para explicar ou justificar que uma punição a um indivíduo serve de aviso para outros e, assim, contribui para a disciplina ou prevenção. - Serve este provérbio para legitimar qualquer tipo de punição?
Não. Embora descreva um efeito dissuasor, a sua invocação não dispensa a avaliação da proporcionalidade, legalidade e ética da punição. - Há alternativas a punir para alcançar o mesmo efeito?
Sim. Medidas preventivas, educação, diálogo, e justiça restaurativa podem reduzir comportamentos indesejados sem recorrer a castigos exemplares.
Notas de uso
- Usa‑se para justificar ou descrever a eficácia dissuasora de punições aplicadas publicamente.
- Aparece em contextos institucionais (escolas, empresas, justiça) e em linguagem coloquial.
- Tem um tom moral e pragmático; pode ser invocado tanto para legitimar medidas disciplinadoras como para criticar o recurso a punições exemplares.
- Não é argumento jurídico por si só: a sua aplicação deve respeitar princípios de proporcionalidade e justiça.
Exemplos
- Depois de despedir o funcionário que roubava material da empresa, o diretor comentou que 'quem castiga um, avisa cem' para reforçar a disciplina interna.
- Na pequena aldeia, a multa pública ao infrator serviu de exemplo: muitos passaram a cumprir as regras, porque 'quem castiga um, avisa cem'.
- O treinador suspendeu o jogador por indisciplina exactamente porque queria mostrar que as regras são cumpridas — quem castiga um, avisa cem.
Variações Sinónimos
- Quem castiga um dá exemplo a cem
- Castigar um é avisar muitos
- Fazer exemplo de um para os outros
- Quem pune um, adverte muitos
Relacionados
- Exemplo vale mais do que mil palavras
- Fazer exemplo
- Prevenção vale mais que repressão (no sentido de agir para evitar que muitos cometam o erro)
Contrapontos
- Punições exemplares podem provocar ressentimento, injustiças e efeito contrário ao desejado se forem desproporcionadas.
- A eficácia da dissuasão por castigo é discutível: medidas restaurativas e preventivas podem ser mais eficazes a longo prazo.
- Usar o provérbio para justificar scapegoating ou repressão generalizada é eticamente problemático.
Equivalentes
- inglês
Make an example of someone / Punish one to warn many - espanhol
Castigar a uno, amonesta a cien - francês
Punir un, c'est avertir cent - italiano
Punire uno per avvertirne molti