Quem come de bolsa alheia, vive amarrado a dois nós.

Quem come de bolsa alheia, vive amarrado a dois n ... Quem come de bolsa alheia, vive amarrado a dois nós.

Advertência de que viver à custa de outros cria dependência e limita a liberdade de escolha.

Versão neutra

Quem vive à custa de bens ou dinheiro de outrem fica dependente e ve-se limitado nas suas decisões.

Faqs

  • O que quer dizer este provérbio de forma simples?
    Significa que depender financeiramente de outra pessoa restringe a liberdade e pode criar obrigações ou perda de autonomia.
  • É ofensivo dizer isto a alguém que aceita ajuda?
    Pode ser percecionado como crítico ou condenatório. É mais adequado usar‑o como reflexão geral do que como acusação dirigida.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Ao aconselhar sobre independência financeira, ao discutir relações de poder onde o sustento implica controlo, ou para destacar riscos de dependência prolongada.
  • Tem origem atribuída a algum autor famoso?
    Não; trata‑se de um provérbio de origem popular portuguesa sem autor conhecido.

Notas de uso

  • Registo: coloquial e proverbial; usado em conversas comuns e em linguagem escrita de tom reflexivo.
  • Conotação: crítico — sugere perda de autonomia e possíveis obrigações ou humilhações associadas à dependência económica.
  • Contextos comuns: conselho sobre finanças pessoais, relações de poder, independência familiar ou profissional.
  • Não é uma crítica absoluta: pode referir tanto dependência económica crónica quanto favores temporários que geram obrigações.

Exemplos

  • Depois de perder o emprego, começou a aceitar pequenas ajudas sem pensar que, como diz o provérbio, quem come de bolsa alheia vive amarrado a dois nós.
  • Os pais querem ajudar o filho, mas ele recusa propostas de emprego que exigem autonomia — lembrei‑lhe o ditado: quem come de bolsa alheia vive amarrado a dois nós.
  • No debate sobre patrocínios, comentou‑se que depender financeiramente de uma fonte única é perigoso: quem come de bolsa alheia vive amarrado a dois nós.

Variações Sinónimos

  • Quem vive à conta de outrem fica preso.
  • Viver às custas de outro é viver em mãos alheias.
  • Quem depende financeiramente de terceiros perde liberdade.

Relacionados

  • Não ponhas todos os ovos no mesmo cesto. (aviso contra dependências concentradas)
  • Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar. (valorização do certo e independente)
  • Melhor só do que mal acompanhado. (preferência pela autonomia em relação a más dependências)

Contrapontos

  • Em contextos de apoio familiar ou solidariedade, aceitar ajuda não é vergonhoso nem permanente — a dependência pode ser temporária e necessária.
  • Sistemas de segurança social, bolsas ou subsídios permitem recuperação e inclusão; o provérbio não distingue entre exploração e apoio legítimo.
  • Em algumas culturas, a interdependência é um valor positivo; o provérbio reflete uma visão que privilegia autonomia individual.

Equivalentes

  • Inglês
    He who lives off another's purse lives bound by chains (equivalent sentiment).
  • Espanhol
    Quien come de bolsa ajena vive atado de dos nudos. (versão muito próxima)
  • Francês
    Qui vit aux dépens d'autrui est enchaîné. (sentido equivalente)