O homem vive na desgraça alheia e morre na sua.
Alerta que muitas pessoas beneficiam-se ou entretêm-se com as desgraças dos outros e acabam por sofrer consequências semelhantes por causa das próprias atitudes.
Versão neutra
Muitas pessoas vivem às custas das desgraças alheias e acabam por sofrer as consequências das suas próprias ações.
Faqs
- O que significa este provérbio em poucas palavras?
Que há quem ganhe ou se entretenha com os problemas alheios, mas essas mesmas atitudes podem conduzir a consequências negativas pessoais. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer criticar atitudes oportunistas, a falta de empatia ou salientar a ironia de alguém que beneficia da desgraça alheia e depois sofre por causa própria. - Este provérbio é sempre verdadeiro?
Não. É uma observação social e moral, não uma lei incondicional — há exceções e causas externas que não estão relacionadas com comportamento moral. - Pode ser ofensivo dizer isto a alguém?
Sim. Tem um tom acusatório e moralizante; convém evitar confrontos directos sem contexto ou provas.
Notas de uso
- Uso geral, tom moralizante ou crÃtico; aponta para hipocrisia, indiferença ou comportamento oportunista.
- Empregado frequentemente em conversas informais, textos opinativos ou advertências éticas.
- Não é um enunciado factual universal — funciona melhor como observação social ou advertência.
- Pode soar pessimista ou acusatório; usar com cuidado em contextos sensÃveis.
Exemplos
- Numa famÃlia em que todos comentavam e gozavam os fracassos alheios, o chefe acabou por perder o emprego; aplica-se bem este provérbio.
- Os investidores que lucraram com a queda dos outros viram-se depois prejudicados pelas mesmas decisões arriscadas — o provérbio descreve essa ironia.
- Quando a comunidade ridicularizou quem pediu ajuda, mais tarde teve de enfrentar a crise sozinha; é um caso de viver da desgraça alheia e morrer na própria.
Variações Sinónimos
- Vive da desgraça alheia e morre na sua.
- Quem vive da desgraça dos outros acaba por a conhecer.
- Quem semeia prejuÃzos aos outros acaba por colher os seus.
Relacionados
- Quem semeia ventos, colhe tempestades.
- Cada um colhe o que planta.
- Quem faz o mal, espera‑lhe o mal.
Contrapontos
- Generaliza comportamentos: nem toda a pessoa que observa ou fala da desgraça alheia é responsável por sofrer igual destino.
- Ignora fatores estruturais e circunstâncias externas que podem causar desgraças pessoais sem ligação direta a atitudes anteriores.
- Pode ser usado para justificar falta de solidariedade, traduzindo‑se numa leitura moralista simplista dos acontecimentos.
Equivalentes
- Inglês
Many live off others' misfortunes and meet their own. - Espanhol
El hombre vive de la desgracia ajena y muere en la suya. - Francês
L'homme vit de la malchance des autres et meurt de la sienne.