Quem come sem conta, morre sem honra.
Alerta contra a falta de moderação (especialmente gula): excessos podem levar à perda de respeito próprio ou da consideração social.
Versão neutra
Quem come sem moderação perde a honra.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
Significa que a ausência de moderação — especialmente na alimentação, mas também noutros comportamentos — pode levar à perda da dignidade, do respeito próprio ou da reputação social. - Posso usar este provérbio num contexto profissional?
Sim, com cuidado. Funciona bem em sentido figurado para advertir contra excessos financeiros, de ambição ou de comportamento, mas o tom pode ser moralizante. - Este provérbio é ofensivo?
O provérbio em si não é ofensivo, mas pode ferir se aplicado a pessoas vulneráveis ou usado para estigmatizar quem tem problemas alimentares ou económicos. - Tem origem religiosa?
Não existe uma origem claramente religiosa documentada; é um ditado popular que reflete valores morais tradicionais sobre moderação e honra.
Notas de uso
- Registo: tradicional e moralizante; pode soar conservador ou paternalista.
- Uso literal: refere-se à gula e ao comer em excesso.
- Uso figurado: aplica-se a qualquer comportamento excessivo (gastos, vícios, ostentação) que comprometa honra ou reputação.
- Tom: advertência; evitar usar em situações em que possa humilhar ou estigmatizar pessoas com dificuldades económicas ou transtornos alimentares.
- Contexto moderno: frequentemente citado de forma metafórica para criticar consumo excessivo ou falta de autocontrolo.
Exemplos
- Na aldeia, repetiam o provérbio quando viam alguém comer de forma exagerada: “Quem come sem conta, morre sem honra.”
- O chefe usou-o em sentido figurado para avisar a empresa contra investimentos imprudentes: “Quem come sem conta, morre sem honra.”
- Quando ele gastou todas as poupanças em jantares e presentes, a família comentou: quem come sem conta, morre sem honra — era um aviso sobre excessos.
Variações Sinónimos
- Quem come demais, perde a honra.
- Comer sem medida traz desonra.
- A gula arruína a reputação.
- Quem se entrega ao excesso, perde o respeito.
Relacionados
- Gula é um pecado
- Os excessos pagam-se
- Quem tudo quer, tudo perde
- Mais vale pouco e bom do que muito e mau
Contrapontos
- Nem todo excesso é desonroso: há circunstâncias (festa, privação anterior) em que comer mais não implica perda de honra.
- Não se deve usar o provérbio para culpar pessoas com dificuldades alimentares ou económicas.
- Equilíbrio e compaixão podem ser resposta mais adequada do que a censura moral.
Equivalentes
- inglês
He who eats without restraint dies without honour. (equivalente literal; não é um provérbio corrente em inglês) - espanhol
Quien come sin medida, muere sin honra. (equivalente literal e de fácil compreensão em língua espanhola) - francês
Qui mange sans mesure meurt sans honneur. (tradução literal; não necessariamente um provérbio tradicional francês)