Quem compra o que não pode, vende o que lhe dói.

Quem compra o que não pode, vende o que lhe dói. ... Quem compra o que não pode, vende o que lhe dói.

Advertência contra gastar além das posses: compras excessivas ou por impulso podem obrigar a vender bens importantes ou queridos.

Versão neutra

Quem gasta além das suas possibilidades corre o risco de ter de vender bens que lhe são caros.

Faqs

  • Qual é a ideia principal deste provérbio?
    A ideia principal é advertir contra gastos que ultrapassam as possibilidades financeiras: compras impulsivas ou acima dos meios podem forçar a vender bens de valor pessoal.
  • Este provérbio aplica‑se apenas a dinheiro?
    Não exclusivamente; embora seja normalmente usado em contexto financeiro, também se pode aplicar a outras situações em que se troca algo importante por decisões imprudentes.
  • É adequado usar este provérbio numa conversa profissional?
    Sim, pode ser usado numa conversa sobre gestão financeira ou riscos de investimento, mas tem um tom coloquial e moralizador; em contextos técnicos é preferível linguagem mais específica.
  • Tem origem conhecida?
    Não existe registo de autor ou data exata; trata‑se de um ditado popular tradicional na língua portuguesa, transmitido oralmente.

Notas de uso

  • Usa‑se para aconselhar prudência financeira e moderação no consumo.
  • Tem tom moralizador; aparece em contextos familiares, comunitários e em conselhos sobre finanças pessoais.
  • Registo coloquial e proverbial; adequado para advertir sem dar números ou instruções técnicas.
  • Pode aplicar‑se também a decisões não monetárias que impliquem trocas de valores essenciais.

Exemplos

  • Quando o João pediu outra linha de crédito para comprar um carro de luxo, a avó suspirou: 'Quem compra o que não pode, vende o que lhe dói.'
  • Num conselho à neta que queria gastar o rendimento todo em roupas, a mãe disse: 'Lembra‑te: quem compra o que não pode, vende o que lhe dói.'

Variações Sinónimos

  • Quem compra além das suas posses, acaba por perder o que mais lhe importa.
  • Quem compra o que não tem, vende o que lhe é querido.
  • Compra hoje, vende amanhã (quando se extrapolam os meios).

Relacionados

  • Quem tudo quer, tudo perde.
  • Mais vale um gosto moderado do que um remorso futuro.
  • Corta o casaco conforme o pano (ou: corta o teu paletó conforme a tua lã).

Contrapontos

  • Comprar a crédito pode ser racional se for para um investimento produtivo (ex.: formação, negócio) e com plano de pagamento.
  • Vender bens nem sempre é consequência de imprudência: pode ser escolha deliberada para mudar de vida ou adaptar prioridades.
  • Em situações de emergência, recorrer a empréstimos ou vender bens pode ser a única alternativa responsável.

Equivalentes

  • English
    If you buy what you cannot afford, you may have to sell what you cherish. (Advice: live within your means)
  • Español
    Quien compra lo que no puede, vende lo que le duele.
  • Français
    Qui achète ce qu'il ne peut pas, vendra ce qui lui est cher.