Quem compra sem poder, vende sem querer.

Quem compra sem poder, vende sem querer.
 ... Quem compra sem poder, vende sem querer.

Compra acima das possibilidades financeiras pode obrigar a vender bens que se preferiria manter.

Versão neutra

Quem compra além das suas possibilidades pode ser obrigado a vender bens contra a sua vontade.

Faqs

  • O que significa este provérbio?
    Significa que comprar além das capacidades financeiras pode obrigar alguém, mais tarde, a vender bens que preferia conservar, geralmente por causa de dívidas ou falta de liquidez.
  • Em que situações se usa este provérbio?
    Usa-se para advertir contra compras impulsivas, excesso de crédito ou decisões de consumo sem planeamento, tanto na esfera pessoal como profissional.
  • É sempre aplicável nas economias modernas com crédito e financiamento?
    Não sempre: o crédito pode ser uma ferramenta legítima (por exemplo, hipotecas ou investimento). O provérbio alerta sobretudo para falta de prudência e risco de sobre-endividamento.

Notas de uso

  • Aviso sobre consumo impulsivo e endividamento.
  • Usado em conselhos familiares, financeiros ou morais para reforçar a prudência nas compras.
  • Tem tom preventivo e pode implicar censura à falta de planeamento.
  • Aplica-se tanto a particulares como a pequenas empresas que fazem compras além da tesouraria disponível.

Exemplos

  • Comprou o carro de luxo a crédito e, quando veio a crise, teve de o entregar ao banco — quem compra sem poder, vende sem querer.
  • A pequena loja acumulou stock caro sem liquidez e acabou por vender equipamentos a preço de saldo para pagar dívidas.
  • Se fores a gastar mais do que o teu orçamento permite, corres o risco de te arrepender e teres de vender bens de que gostas.

Variações Sinónimos

  • Quem compra o que não pode, vende o que mais gosta.
  • Quem compra além das posses, mais tarde se desfaz do que tem.
  • Quem gasta o que não tem, perde o que possui.

Relacionados

  • Mais vale prevenir do que remediar.
  • Quem tudo quer, tudo perde.
  • Não vivas acima das tuas posses (dica de prudência financeira moderna).

Contrapontos

  • Nem toda a compra a crédito é imprudente — financiamentos para habitação ou investimentos podem ser racionais.
  • Em contexto empresarial, comprar a crédito pode permitir crescimento; o problema é a falta de planeamento e gestão de risco.
  • Existem situações de liquidez temporária onde vender activos pode ser uma escolha estratégica, não apenas uma consequência negativa.

Equivalentes

  • inglês
    He who buys what he cannot afford must sell what he would rather keep.
  • espanhol
    El que compra lo que no puede, vende lo que no quiere.
  • francês
    Qui achète ce qu'il ne peut pas, vendra ce qu'il voudrait garder.
  • alemão
    Wer kauft, was er sich nicht leisten kann, verkauft später, was er lieber behalten würde.