Quem faz bem a ingrato, compra caro e vende barato

Quem faz bem a ingrato, compra caro e vende barato ... Quem faz bem a ingrato, compra caro e vende barato.

Adverte que ajudar alguém ingrato costuma ser dispendioso e não trazer retribuição; serve como aviso sobre a falta de reciprocidade.

Versão neutra

Ajudar alguém ingrato costuma ser caro e pouco recompensador.

Faqs

  • Quando se usa este provérbio?
    Usa‑se ao comentar situações em que alguém presta um favor ou ajuda e a outra parte é ingrata ou não retribui, como forma de alerta ou lamento.
  • É educado dizê‑lo a alguém que foi ajudado?
    Normalmente não; pode ser interpretado como acusação. É mais apropriado usar a expressão para refletir sobre a experiência própria do que para confrontar o beneficiário.
  • Serve este provérbio para justificar nunca ajudar ninguém?
    Não necessariamente. É um aviso sobre riscos e expectativas de retribuição, não uma regra ética. Decidir ajudar envolve outros valores e circunstâncias.
  • Qual é a origem deste provérbio?
    A origem exacta não é conhecida; trata‑se de um dito popular que circula em variantes semelhantes nas línguas românicas e no imaginário popular.

Notas de uso

  • Usa‑se como aviso ou comentário moral quando alguém ajuda outra pessoa que depois não demonstra gratidão.
  • Pode surgir em contextos familiares, profissionais e sociais para justificar cautela na concessão de favores.
  • Não deve ser usado para legitimar a recusa sistemática de ajuda; é uma observação sobre consequência, não uma norma ética absoluta.
  • Toma‑se frequentemente como expressão de frustração; pode soar severo ou julgador se dirigido à pessoa ajudada.

Exemplos

  • Emprestei dinheiro ao vizinho e nunca mais falou comigo — fiquei com a sensação de que quem faz bem a ingrato, compra caro e vende barato.
  • Na empresa, o colega nunca agradece o apoio; aprendi a ser mais selectivo: ajudar indiscriminadamente a quem não reconhece custa muito e rende pouco.

Variações Sinónimos

  • Fazer o bem a quem não agradece sai caro.
  • Dar sem reconhecimento tem pouco lucro.
  • Quem ajuda ingratos acaba por perder.

Relacionados

  • Não se castiga a ingratidão com gratidão
  • Mais vale prevenir do que remediar (no sentido de evitar prejuízos)
  • Quem semeia vento colhe tempestade (contrastante: causa e efeito)

Contrapontos

  • O altruísmo e a ajuda desinteressada são valores que não dependem de retribuição.
  • Ajudar pode ter benefícios intrínsecos (satisfação pessoal, paz de consciência, manutenção de valores).
  • Em situações de dever cívico ou humanitário, a ação é justificável mesmo sem reconhecimento.

Equivalentes

  • inglês
    No good deed goes unpunished (parcialmente equivalente; enfatiza consequências negativas inesperadas da boa ação)
  • inglês
    Don't cast pearls before swine (não dar algo valioso a quem não sabe apreciar)
  • espanhol
    A quien bien hace, mal le paga (expressão semelhante sobre ingratidão)
  • francês
    Ne pas jeter des perles aux pourceaux (equivalente aproximado: não dar coisas valiosas a quem não as aprecia)